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Receitas da Alphabet superam metas mas aumento de custos assusta Wall Street
A gigante tecnológica Alphabet, que detém a Google e o Youtube, registou no seu quarto trimestre fiscal receitas acima do esperado pelos analistas. No entanto, os custos aumentaram e por isso a empresa está a ceder terreno em bolsa.
A Alphabet – que substituiu a Google em bolsa e que a detém a 100% – reportou esta segunda-feira à noite os resultados do seu quarto trimestre fiscal, tendo o volume de negócios suplantado as projecções dos analistas (ao contrário do que aconteceu no terceiro trimestre).
As receitas (contabilizando os pagamentos a parceiros – os custos de aquisição de tráfego) ascenderam a 39,28 mil milhões de dólares, um salto de 21% face aos 32,3 mil milhões reportados entre outubro e dezembro de 2017.
No conjunto de 2018, a faturação ascendeu a 136,82 mil milhões de dólares, contra 110 mil milhões um ano antes.
Sem contabilizar os custos por aquisição de tráfego (TAC, na sigla em inglês), as receitas foram de 31,84 mil milhões de dólares, acima das estimativas de 31,33 mil milhões avançadas pelo consenso do mercado.
A empresa liderada por Larry Page anunciou ainda lucros recorde de 8,9 mil milhões de dólares, equivalentes a 12,77 dólares por ação – superando assim as estimativas médias de um resultado líquido de 7,6 mil milhões de dólares (ou 10,86 dólares por ação) apontadas pelos analistas inquiridos pela FactSet e pela Bloomberg.
No entanto, o mercado, que começou por aplaudir estes resultados, acabou por não gostar do aumento de custos e está a penalizar os títulos na bolsa. As crescentes perdas "noutras apostas" da Alphabet e o forte aumento dos custos com os seus parceiros estão assim a assustar os investidores.
Na negociação fora do horário regular em Wall Street, os títulos da tecnológica seguem a ceder 3,37% para 1.103 dólares, isto depois de terem encerrado a sessão formal desta segunda-feira a ganhar 2,04% para 1.141,42 dólares.