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PT quer sustentar receitas no fixo e aumentar ARPU no móvel
A estratégia da Portugal Telecom é explorar novos negócios em Portugal e nos mercados externos, em particular, no Brasil, racionalizando custos e sustentando receitas na telefonia fixa e aumentando ARPU nos móveis.
A perspectiva da PT passa pela «exploração de novos negócios em Portugal e racionalizar custos», disse Miguel Horta e Costa, presidente executivo da PT, num jantar-debate promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
Além do mais, o interesse da PT vai centrar-se também na captação de
sinergias transversais entre os vários negócios. Neste ponto, Horta e Costa destacou a criação do departamento de «mesa de compras» e de «publicidade» que trabalham para todas as unidades de negócio do grupo.Com isto, a operadora de telecomunicações nacional quer ganhar com a poupança de custos.
Na PT Comunicações, o objectivo «é sustentar as receitas (com sustentar acessos) e aumentar tráfego e esforço de racionalização de custos», sublinhou a mesma fonte.
No âmbito da racionalização de custos, Miguel Horta e Costa confirma que cerca de 2.800 trabalhadores da PTC terão recebido um convite a deixar a empresa.
Mas Horta e Costa entende que nem todos vão aceitar a rescisão dos
contratos.«Estamos a fazê-lo como achamos que é a forma correcta de o fazer. Com espírito de paz social», acrescentou.
Este corte vai trazer poupanças para o grupo. «Não gostaria de avançar nenhum número, com risco de pecar por excesso ou por defeito. Agora há ganhos muito apreciáveis de custos», revelou a mesma fonte.
Na telefonia móvel em Portugal, onde detém a TMN, «o enfoque está no aumento da receita média mensal por cliente (ARPU) e diminuição do churn», enfatizou.
Na multimédia, que inclui os negócios de televisão por cabo, jornais e cinemas, «a meta será a de captar o elevado potencial de rescimento».
O presidente da PT admite que «se está a viver hoje em dia na Europa uma conjuntura recessiva, em que Portugal não foge a essa situação», facto que condiciona o consumo, e logo, o volume de negócios. Mas sobre estimativas, Horta e Costa remeteu para Junho para mais esclarecimentos.
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