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Portuguesa PHC Software fatura 11,5 milhões e centra aposta no Peru

A PHC Software, empresa portuguesa de desenvolvimento de ferramentas de gestão, faturou 11,5 milhões de euros no ano passado, um novo recorde. A empresa vai reforçar a aposta no Peru e planeia a médio prazo expandir na América Latina.

26 de Fevereiro de 2019 às 13:17
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A PHC Software, empresa portuguesa de desenvolvimento de ferramentas de gestão, faturou 11,5 milhões de euros no ano passado, um crescimento de 6,3% e um novo recorde.


Em 2018, a empresa conquistou 1.575 novos clientes, e conta já com mais de 150 mil utilizadores do seu software. A PHC tem 33 mil empresas cliente distribuídas por 25 países.


Em declarações ao Negócios, Ricardo Parreira (na foto), CEO e um dos fundadores da empresa, refere que "nos 30 anos de existência da PHC Software nunca tivemos prejuízo", escusando-se, contudo, a revelar os lucros registados em 2018.

A área internacional registou um crescimento de 47% no ano passado, mas o responsável admite que o peso dos mercados externos ainda é reduzido. "As vendas internacionais são um bocadinho mais do que 8%. Ainda é muito pouco para o que desejávamos que fosse, mas passou de 5 para 8%", diz.

A empresa conta com escritórios em cinco países: Portugal, Espanha, Moçambique, Angola e Peru. Ricardo Parreira explica que a PHC conta com uma rede de 400 parceiros, que são quem vende o software, o que permite que os produtos da empresa estejam já presentes em 25 países.

Consolidar Peru para preparar expansão

Os planos para este ano passam por "consolidar o Peru para depois expandirmos pela América Latina. É o país onde estamos mais focados, temos lá um escritório, temos uma equipa local, já temos parceiros locais, já temos clientes. É claramente a área onde estamos a investir mais".

No entanto, a expansão a outros países na América Latina só deverá ocorrer dentro de dois anos. "Prevemos estar mais dois anos no Peru só a consolidar e depois, só a partir daí, expandir para outros países", detalha.


Ricardo Parreira conta como decorreu o processo de internacionalização da PHC: "Começou, naturalmente, pelos países africanos de língua portuguesa, por Angola, Moçambique e Cabo Verde, porque usavam software na mesma língua. Depois, entretanto, traduzimos o software para espanhol e expandimos para Espanha, onde já estamos há muitos anos em Madrid", relata.


"E percebemos que o passo seguinte seria ou continuar pela Europa, que implicava ir traduzindo em cada vez mais línguas, ou aproveitar parte do esforço feito, porque o espanhol da América Latina é um pouco diferente, e expandimos para o Peru", prossegue.


"Estudámos vários países, escolhemos o Peru porque é um país fortemente desenvolvido, ao contrário do que às vezes se pensa aqui na Europa. É um país onde já toda a gente apanha táxis via app, muito antes de ainda se falar de Uber aqui em Portugal, é um país com as empresas, principalmente as empresas de "midmarket", têm muita apetência por controlo de gestão e software de gestão mais avançado. E é um país em que a marca Portugal é uma boa marca. Nós somos uma marca europeia que lhes dá confiança e segurança", conclui.


Reforço de pessoal e crescimento das vendas

Para este ano, a empresa prevê a contratação de "pelo menos 30 pessoas", sendo que as vagas já se encontram abertas e são para todos os escritórios da empresa. Atualmente o quadro de pessoal cifra-se em cerca de 180 pessoas.


No que toca a perspetivas para as vendas, Ricardo Parreira indica que a empresa prevê "um crescimento na ordem do que tivemos o ano passado, entre os 6 e os 10%".

Em termos de investimento, depois de ter gastado 1,6 milhões de euros no ano passado em inovação e desenvolvimento, a PHC estima reforçar o investimento este ano, tendo criado uma nova equipa apenas para gerir a inovação e "para crescer em investigação de gestão e investigação tecnológica".

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