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Paddy Cosgrave demite-se de CEO da Web Summit

O presidente executivo da Web Summit, que está a ser alvo de um boicote da indústria tecnológica devido aos comentários sobre Israel, demitiu-se do cargo, mas o evento vai prosseguir como previsto em novembro em Lisboa.

José Sena Goulão
21 de Outubro de 2023 às 16:03
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Paddy Cosgrave, presidente executivo da Web Summit, demitiu-se do cargo na empresa de tecnologia, segundo noticiou este sábado o Sunday Independent, que salienta que apesar da sua saída a conferência prosseguirá como planeado no próximo mês em Lisboa.

"Infelizmente, os meus comentários pessoais tornaram-se uma distração para o evento, para a nossa equipa, para os nossos patrocinadores, para as nossas startups e para as pessoas que participam", afirmou Cosgrave num comunicado, citado pela agência Bloomberg.

"Peço sinceras desculpas novamente por qualquer dano que tenha causado", acrescentou.

A Bloomberg recorda que Cosgrave tinha enviado um post no X, antigo Twitter, que dizia que "crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados", dirigido à resposta de Israel ao Hamas. Os comentários causaram uma reação negativa por parte de várias empresas tecnológicas.

Cosgrave chegou ainda a apresentar um pedido de desculpas no blogue da Web Summit dias mais tarde pedindo desculpa por ter causado "profunda mágoa" com o momento e o conteúdo da sua declaração. No entanto, isso não foi suficiente para impedir uma campanha apelando à retirada de oradores e patrocinadores do evento, que contou com mais de 70 mil participantes no ano passado.

Citrando um comunicado divulgado pelos organizadores, a Bloomberg refere que a Web Summit irá nomear um novo presidente executivo o mais rapidamente possível e que o evento, que terá início a 13 de novembro em Lisboa, irá decorrer como planeado.

A empresa emprega 200 pessoas na sua sede em Dublin, de um total de mais de 300 em todo o mundo, sendo que os trabalhadores terão também sido informados de que esta é a maior ameaça à existência da empresa desde a covid-19, de acordo com a imprensa britânica.  

A Amazon juntou-se à Google, Meta, Intel e a dezenas de executivos de topo do setor da tecnologia que cancelaram a sua presença na conferência de Lisboa devido aos comentários feitos por Paddy Cosgrave sobre Israel.

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