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Oscarizada de Leiria angaria 2,5 milhões para revolucionar o som em “headphones”

A Sound Particles, a startup de software áudio 3D, que foi usado pelo filme Dune, vencedor do Óscar de Melhor Som, anunciou uma nova ronda de investimento, coliderada pela Indico Capital Partners e pela Iberis, e com a participação do Fundo 200M.

Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles. Ricardo Almeida
31 de Maio de 2022 às 10:42
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Dune, o épico de ficção científica, ganhou o Óscar de Melhor Som com o software de uma empresa fundada há meia dúzia de anos em Leira.

 

O som oscarizado do filme realizado por Denis Villeneuve (Blade Runner 2049, The Arrival) é apenas a mais recente "medalha" da Sound Particles, cujo software foi já utilizado em inúmeras produções cinematográficas célebres, tais como o Game of Thrones, Star Wars ou Frozen, sendo também utilizada em vídeo jogos como o incontornável Fortnite, entre outros.

 

Agora, a empresa que "tem vindo a mudar o paradigma do software áudio, ao adaptar princípios de computação gráfica ao som, possibilitando assim a criação de ambientes sonoros mais complexos, além de acelerar significativamente o ritmo de trabalho dos engenheiros de som", que já tinha recebido o seu primeiro investimento de 400 mil euros, em 2019, tendo mais tarde recebido mais 1,25 milhões do seu SME Instrument da União Europeia, acaba de captar 2,5 milhões de euros numa "ronda seed".

Coliderada pela Indico Capital Partners e pela Iberis, e com a participação do Fundo 200M, "esta ronda contribuirá para o lançamento de um ‘marketplace’ de sons e uma experiência imersiva de som para ‘headphones’ e no metaverso", revela, em comunicado.

Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles, explica que esta ronda de 2,5 milhões de euros "irá possibilitar a introdução de novos desenvolvimentos tecnológicos, consolidar a sua presença no mercado internacional através da abertura de um escritório em Los Angeles e promover o crescimento orgânico da empresa".

 

A startup irá lançar uma tecnologia de áudio 3D para "headphones", consolidando a sua presença no espaço de gaming e realidade virtual, e aumentar a gama de produtos na área de produção musical.

 

"Uma das maiores possibilidades de crescimento para a empresa encontra se no metaverso, para o qual esta tecnologia é ideal", defende a Sound Particles, que contratou Alex Hoye (ex-executivo da Disney e entrepreneur/CEO de renome mundial) para administrador não executivo da companhia, para apoiar a startup nesta nova fase de crescimento.

De resto, Sound Particles "irá continuar a consolidar a sua presença nos mercados europeu e norte-americano, ao mesmo tempo que expande para o mercado asiático".

 

"A Sound Particles foi a primeira startup em que a Indico investiu, numa ronda pre-seed de 400 mil euros em 2019. Estamos muito satisfeitos, enquanto primeiros investidores, por ver a empresa atingir os seus objetivos e a desenvolver-se no mercado internacional, tendo não só uma tecnologia revolucionária, mas também uma equipa de gestão e desenvolvimento de produto robusta. Há ainda muito espaço para crescer, usando a mesma tecnologia, particularmente no que toca a ‘headphones’ e ao metaverso", considera Stephan Morais, presidente da Indico Capital.

 

Já João Henriques, da Iberis, explica porque é que o fundo investiu na Sound Particles: "A Sound Particles desenvolveu uma tecnologia única e os maiores nomes da indústria reconhecem o seu cariz revolucionário. Temos muito orgulho em apoiar uma empresa que continua a inovar em novas verticais e a apostar em novos mercados e negócios", enfatiza.

 

Para Beatriz Freittas, CEO do Banco Português de Fomento, a entidade gestora do Fundo 200M, "a Sound Particles e a equipa liderada por Nuno Fonseca, representam o talento e o dinamismo que existe no ecossistema empreendedor português. É, por isso, com grande entusiasmo que o Fundo 200M apoia este projeto, que está a revolucionar o software áudio e a ganhar destaque internacional, num mercado tão competitivo como o da produção cinematográfica. Com este investimento, o BPF dá mais um contributo importante de apoio e reforço da competitividade das startups portuguesas", realça.

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