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Novartis seleciona cinco startups para desenvolverem projetos na saúde em Portugal

B2Quant, Cievert, Mediktor, Mighty Health e ScarletRed foram as startups selecionadas, com projetos de soluções tecnológicas para triagem de doenças e para patologias do sistema nervoso central, oncológicas, cardíacas e dermatológicas.

Bloomberg
27 de Janeiro de 2020 às 19:30
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A Novartis selecionou cinco startups, uma delas portuguesa, para seguirem em frente no programa Techcare e que irão agora explorar a oportunidade de vir a desenvolver projetos-piloto em parceria com a farmacêutica suíça.

 

O Techcare, sublinhe-se, é um programa desenvolvido pela Novartis, em colaboração com a Beta-i, que desafiou startups com soluções com protótipos funcionais, em fase de testes ou já estabelecidas no mercado, a aplicarem as suas soluções na resposta a necessidades específicas em diversas áreas terapêuticas.

 

A B2Quant (Portugal), Cievert (Reino Unido), Mediktor (Espanha), Mighty Health (EUA) e ScarletRed (Áustria) foram as selecionadas após o "bootcamp", em que participaram 15 startups escolhidas entre as 175 candidaturas recebidas de 17 países de todo o mundo, anunciou a empresa.

 

Durante três dias, a Novartis acolheu as 15 startups, oriundas de nove países, "dando-lhes a oportunidade de adaptarem a sua solução a necessidades específicas do contexto da saúde em Portugal e fomentando o seu conhecimento em várias áreas através do contacto com colaboradores da empresa".

 

O secretário de Estado para a Transformação Digital, André de Aragão de Azevedo, esteve presente no reconhecimento destas startups e destacou a relevância e contributo de programas como o Techcare para a transformação digital do país: "numa plateia composta por várias equipas internacionais, felicito as cinco startups que foram selecionadas para avançar para a fase de incubação na Novartis Portugal".

 

"Encorajo todas a darem continuidade aos seus projetos e a escolher Portugal como país para os desenvolverem. Contem comigo e com a secretaria de Estado para a Transição Digital", acrescentou.

 

Os projetos selecionados

 

De origem portuguesa, a startup B2Quant apresentou um software, com aplicação na área das doenças do sistema nervoso central, que mede com precisão os biomarcadores de imagens do cérebro, permitindo avaliar a extensão da lesão e atrofia e minimizando a perda de funções cognitivas e motoras.

 

Outra das startups distinguidas foi a Cievert, que desenvolveu um software de gestão de acompanhamento dos doentes oncológicos, permitindo que os doentes, em vez de terem consultas para acompanhamento em intervalos de tempo pré-definidos, possam ter apoio clínico sempre que necessitem, reduzindo o tempo de espera.

 

A espanhola Mediktor assume-se como um assistente médico, baseado em inteligência artificial, para o pré-diagnóstico, triagem e apoio à tomada de decisão, permitindo ao doente o envio de informação clínica imediata a um médico.

 

Outra das startups selecionadas foi a Mighty Health, que desenvolveu uma tecnologia na área da cardiologia que ajuda a melhorar a saúde dos doentes e a evitar hospitalizações através da criação de planos terapêuticos, de exercício e de nutrição com base no contexto, gravidade, especificidades da doença, entre outros critérios.

 

Na área da teledermatologia, a ScarletRed desenvolveu o dispositivo médico Scarletred®Vision com o objetivo de resolver a falta de padronização e objetividade. O software, clinicamente testado, permite uma alta qualidade da imagem e análise remota da pele em diversas condições, possibilitando a atribuição de pontuação automática do estado e gravidade da doença de pele ou qualquer outra alteração visível.

 

Este ano a Novartis procurou integrar no programa startups que explorassem soluções tecnológicas como cloud health & mHealth, healthcare gamification, inteligência artificial & machine learning, internet das coisas, big data & analytics, realidade aumentada, realidade virtual e redes colaborativas, "dando resposta a desafios em três grandes áreas: valor e demonstração de resultados em saúde, diagnóstico atempado e referenciação, ativação do doente e gestão da doença".

 

"A Novartis mantém o compromisso e a aposta contínua na inovação com o objetivo de criar ou apoiar o desenvolvimento de soluções que tragam benefícios para o ecossistema da saúde e que, simultaneamente, melhorem e prolonguem a vida das pessoas. O Techcare reflete esta ambição", explicou Cristina Campos, diretora-geral da Novartis Portugal.

 

As startups que participam na edição deste ano "têm um grande potencial e acreditamos que estes três dias foram uma excelente oportunidade para partilhar conhecimento e experiências, dando a conhecer projetos inovadores que podem fazer a diferença no setor da saúde", salientou.

 

Para Manuel Tânger, head of open innovation da Beta-i, com o Techcare a Novartis e a Beta-i têm a oportunidade de explorar algumas das "novas avenidas para a saúde do futuro através de pilotos com startups inovadoras que depois poderão integrar uma oferta conjunta".

 

"Estes programas de inovação aberta demonstram ser, em simultâneo, o mecanismo de inovação corporate e de crescimento das startups mais eficaz e abrangente", rematou.

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