Nascida em 2018, em outubro de 2020, meia dúzia de meses depois da chegada da pandemia de covid-19 a Portugal, a Musiversal lançava sua plataforma e um modelo de negócio que procura democratizar a produção musical, recriando neste setor o conceito de "gig economy".

Sediada na Unicorn Factory Lisboa, a Musiversal disponibiliza músicos e produtores de estúdio para sessões de gravação de música, com o objetivo de tornar mais acessível a criação e produção musical, permitindo que colaborem entre si em tempo real através de uma única plataforma.

A plataforma da startup portuguesa, garante, regista mais de 300 mil minutos de sessões musicais por mês e, nos últimos 12 meses, triplicou o número de subscritores, prevendo que  esta tendência de crescimento irá repetir-se no próximo ano, para ultrapassar um milhão de minutos de sessão por mês.

Entretanto, a Musiversal acaba de fechar mais uma ronda de financiamento, junto de investidores privados, para prosseguir a sua expansão.

A startup baseada na fábrica de unicórnios de Lisboa anunciou, esta quarta-feira, 3 de julho, o levantamento de 2,8 milhões de euros em ronda de investimento SAFE (Simple Agreement for Future Equity) liderada pela Iberis Capital, com participação da Lince Capital e Shilling.

"Este montante servirá para aumentar as suas operações e impulsionar a expansão do serviço de subscrição Musiversal Unlimited", revela a startup, em comunicado.

No ano passado, a empresa lançou o serviço de subscrição Musiversal Unlimited, que possibilita aos subscritores acesso ilimitado a músicos de sessão, engenheiros de mistura, masterização, compositores e produtores por um custo mensal de 199 dólares (186 euros).

"Este modelo não simplifica apenas o processo de produção musical, mas também democratiza o acesso a serviços musicais colaborativos, anteriormente restritos a produções com grandes orçamentos", realça a Musiversal.

O investimento agora angariado "permitirá à empresa escalar as operações, expandir a subscrição Musiversal Unlimited e aumentar a oferta de novos serviços", explica.

"Este financiamento marca um momento crucial para nós na Musiversal. Com estes recursos, vamos escalar as nossas operações e melhorar ainda mais a nossa oferta de serviços, garantindo que músicos e criadores de todo o mundo tenham acesso ilimitado às melhores ferramentas e talentos musicais disponíveis", afirma André Miranda, CEO da Musiversal.

Os novos serviços serão anunciados naquele que será o seu primeiro evento em território nacional, denominado de Musiversal Music Summit, a realizar a 27 de julho na Poolside, em Alvalade, Lisboa, que vai contar com várias palestras sobre tópicos como produção musical remota, como monetizar a música e como criar uma audiência nas redes sociais, além de um concerto com os artistas locais André Louro e Mbalango Mbalango.