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Milhões desaparecidos da Wirecard podem nunca ter existido

Nesta sessão, os títulos da empresa já afundaram mais de 55% em bolsa, depois de duas sessões de derrocada. A empresa já perdeu cerca de 85% da capitalização bolsista.

A prestadora de serviços financeiros e tecnológicos alemã caiu 17% desde os máximos de Janeiro, uma queda que o Goldman Sachs considera injustificada, tendo em conta que as perspectivas apontam para um crescimento médio anual acima de 20% nas receitas e nos lucros por acção da Wirecard.  O preço-alvo de 135 euros representa um potencial de subida de 51%.
22 de Junho de 2020 às 12:33
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A Wirecard concluiu que os 1,9 mil milhões de euros que tinha registados como ativos, e que a auditora EY tinha dado como desaparecidos, provavelmente nunca existiram.

A empresa alemã de pagamentos afirmou que está a avaliar a "probabilidade prevalecente" de que os quase 2 mil milhões de euros apontados pela EY "não existem". Esta quantia representa cerca de um quarto do valor da Wirecard na folha de balanço.

A empresa revelou que está em conversações com os credores e a considerar uma restruturação completa, depois de ter recuado na publicação dos resultados de 2019 e do primeiro trimestre de 2020.

Na sequência destas revelações, os títulos da empresa já afundaram mais de 55% em bolsa, e seguem agora a descer 32,80% para os 16,196 euros. Estas quebras acumulam com as já pesadas que se fizeram sentir nas últimas duas sessões, nas quais a empresa fechou com menos 65% e menos 33% do valor. Desde o início do ano, a Wirecard já perdeu cerca de 85% em capitalização bolsista, ficando agora pelos cerca de 2 mil milhões de euros.

A descida a pique da Wirecard verifica-se há duas sessões depois de ter admitido que os auditores da EY descobriram um buraco de 1,9 mil milhões de euros em cash no balanço da empresa. Desta forma, a empresa foi obrigada a adiar a publicação das contas de 2019, pela quarta vez este ano. 

Apenas um dia depois, o CEO, Markus Braun, demitiu-se do cargo, levando a nova derrocada em bolsa. No mesmo dia, a agência de notação financeira Moody's cortou o rating da Wirecard para o patamar de "lixo" e disse que poderá proceder a mais descidas na classificação da qualidade da dívida empresa.

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