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Mercado nacional de tecnologias volta a crescer em 2014

O mercado nacional de tecnologias de informação vai voltar a crescer em 2014, mas ainda “não vamos voltar aos números de há cinco anos”, afirmou Gabriel Coimbra, director-geral da IDC Portugal.

Tecnológicas nacionais preferem Angola e Brasil
06 de Fevereiro de 2014 às 13:03
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A IDC apresentou esta quinta-feira, 6 de Fevereiro, em Lisboa, o Predictions 2014, onde perspectivou as grandes tendências de mercado para o ano que agora começou.

 

A despesa com TI em 2014 vai ultrapassar 3,25 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 0,9% relativamente a 2013.

 

Gabriel Coimbra relembrou que “estamos mil milhões de euros abaixo do registado há quatro ou cinco anos e esse valor não vai ser recuperado tão cedo”.

 

“O crescimento é ligeiro, mas já não estamos a decrescer o que é uma boa notícia”, sublinhou Gabriel Coimbra, durante o evento.

 

O responsável referiu que a análise da IDC aponta para que “haja um aumento da procura de produtos e serviços, apesar do terreno ainda negativo”.

 

A IDC antevê que o mercado das telecomunicações continue a decrescer numa média de 1,5% durante os próximos três a quatro anos.

 

A segunda previsão da IDC aponta que “as empresas tecnológicas nacionais vão continuar os processos de internacionalização de forma a ganhar escala, assim como as tecnológicas internacionais em Portugal vão continuar a procurar novas fontes de receita para além do mercado interno”.

 

“As empresas estão a internacionalizar e precisam de parceiros tecnológicos para o desenvolvimento de produtos e para o crescimento de quota de mercado”, detalhou Timóteo Figueiró, consultor da IDC.

 

Quanto às geografias existem duas tendências: o rumo a mercados desenvolvidos de grandes dimensões, como para mercados emergentes.

 

A terceira previsão está relacionada com a denominada terceira plataforma: “os mercados ligados à 3ª plataforma, ou seja, ligados à mobilidade, aos serviços cloud, às tecnologias sociais e de Big Data, vão crescer mais de 15% a nível mundial e em Portugal.”

 

Gabriel Coimbra explicou que o crescimento dos dispositivos móveis ajudará a esta expansão. Até 2017, o crescimento médio de venda destes equipamentos deverá rondar os 11,7%.

 

O movimento para a nuvem (cloud), em Portugal, ainda está lento, mas a tendência é de cescimento. Se o investimento no desenvolvimento da cloud neste momento se situa nos 90 milhões de euros, em 2017, o valor deverá situar-se nos 185 milhões de euros.

 

A mobilidade é a quarta grande previsão da consultora. A IDC prevê que em 2014 sejam vendidos quase 2,5 mil milhões de smartphones em Portugal, mais 12% do que em 2013. Para além das vendas de smartphones, em 2013 já foram adquiridos mais tablets do que PC, mais concretamente 637 mil contra 627 mil, o que significa crescimentos de 79% e -18% respectivamente.

 

Em 2014 a IDC prevê um crescimento de 17% para os tablets e -8% para os PC. Apesar da transformação verificada nos últimos anos, a grande mudança ainda está por vir. Em 2017, a IDC prevê que sejam vendidos em Portugal o dobro de Tablets quando comparado com os PC (1,1 milhões contra 0,55 milhões de PC).

 

“O sector do retalho e distribuição e o financeiro serão os que terão mais necessidade em investir neste tipo de equipamentos”, explicou Timóteo Figueiró.

 

Como já referido, a “cloud” (ou seja a colocação de dados na nuvem) é a quinta grande previsão. A IDC prevê que mais de 50% das médias e grandes organizações nacionais vão utilizar os serviços cloud em 2014. O valor do mercado deverá crescer mais de 20% em todo o mundo e quase 30% em Portugal

 

Ligada a esta previsão está a seguinte, ou seja, os serviços de “cloud”. “O correio electrónico foi o primeiro a ir para a ‘cloud’, mas a transformação ainda está para ocorrer”, disse Gabriel Coimbra.


Outra das grandes tendências do mercado é o volume crescente dos dados. A IDC prevê que, em 2014, a dimensão do “Universo Digital” — toda a informação digitalizada, criada, replicada e consumida no período de um ano — vai continuar a crescer a um ritmo de 50% ao ano até ultrapassar 6ZB (6 triliões de terabytes), impulsionado pela explosão dos equipamentos móveis, aplicações sociais e pela Internet das Coisas.

 

No território nacional a IDC prevê que o universo digital cresça mais de 50% em 2014 e que cerca de 25% das grandes organizações em Portugal desenvolvam projectos de Big Data e mais de 60% utilize ferramentas de analítica de negócio.

 

A oitava tendência está ligada às redes sociais e à sua utilização pelas empresas. A IDC prevê que em 2014 mais de 35% das empresas da Fortune 500 terão soluções integradas de social business, sendo que em 2017 esta proporção será de 80%.

 

A IDC prevê que as organizações nacionais comecem a equacionar seriamente a utilização de ferramentas integradas de social business nos seus processos de negócio.

 

Nos próximos anos, as áreas de negócio, marketing e vendas passam a influenciar grande parte do investimento em TI das organizações nacionais (mais de 50%), sendo esta a nona tendência apontada pela consultora.

 

Por fim, a última previsão está relacionada com a Internet das coisas. Em 2020, deverão existir mais de 50 mil milhões de equipamentos ligados à Internet, equivalente a cerca de 7 equipamentos por cada pessoa no planeta. No território nacional, as estimativas apontam para mais de 68 milhões de equipamentos ligados em rede em 2020.

 

“O potencial de crescimento é muito maior, basta olhar para alguns indicadores de equipamentos que podem criar valor ao estarem ligados em rede, como por exemplo os cerca de 10 milhões de contadores de água, luz e de gás natural, os cerca de 4 milhões de candeeiros de iluminação pública, as mais de 700 mil máquinas de vending, e os milhões de veículos em circulação”, conclui a consultora.

 

A IDC realizou em 2013 mais de 2.000 inquéritos a decisores empresariais, analisou os relatórios e contas dos maiores grupos empresariais e o orçamento de mais de 800 organismos da administração pública em Portugal.

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