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Há cada vez mas bilionários na corrida ao espaço

Ao pensar em bilionários e no espaço, são três os nomes que vêm rapidamente à cabeça: Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson.

Reuters
26 de Agosto de 2017 às 18:00
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No entanto, os três empresários têm muita companhia. Existem outras 13 pessoas entre as 500 mais ricas do mundo com investimentos em empreendimentos espaciais, segundo dados compilados pelo Bloomberg Billionaires Index e pela consultora Bryce Space & Technology. Os magnatas da tecnologia são dominantes, mas a lista inclui também o magnata dos casinos Sheldon Adelson, que está a financiar uma missão lunar, e o bilionário mexicano do retalho e do sector bancário Ricardo Salinas, que investe na rede de satélites OneWeb.

 

No total, estes 16 empresários detêm um património líquido de 513 mil milhões de dólares. Isto é positivo, porque os projectos espaciais, como lançamentos de foguetes, podem envolver custos estratosféricos. Bezos, o segundo homem mais rico do mundo, está a financiar a empresa de foguetes Blue Origin com um investimento de mil milhões de dólares por ano. A Virgin Galactic, de Branson, investiu mais de 600 milhões de dólares para ajudar a levar os voos comerciais de passageiros ao espaço até o final de 2018.

 

Na última década houve uma explosão de startups espaciais, e não apenas de bilionários. Foram impulsionadas em parte pela Space Exploration Technologies, de Musk. O primeiro lançamento comercial, em 2009, incentivou um ecossistema de empresas espaciais anteriormente impedidas pelo custo de chegar à órbita.

 

A Space Angels, uma rede de investidores espaciais, calcula que existam mais de 225 projectos espaciais privados actualmente, contra 33 em 2009. E o financiamento acompanhou o ritmo. Cerca de 3,1 mil milhões de dólares foram investidos nessas empresas em 2016, contra  409 milhões em 2011, segundo a Space Angels.

 

Não há dúvidas que um determinado número destas empresas vai fracassar, diz Maxime Puteaux, consultor da Euroconsult. Os riscos são elevados e a maioria dos investidores ainda não obteve retornos tangíveis.

 

Mas o mercado em expansão está a dar origem a empresas cada vez mais diversas, incluindo uma versão espacial do transporte partilhado. A SpaceFlight, financiada por Paul Allen, co-fundador da Microsoft, está a agendar cargas úteis em voos e chegou a comprar toda a capacidade de um foguete da SpaceX para dividi-la entre clientes.

 

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