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Guerra por talentos em Silicon Valley leva Apple a pagar bónus de milhares de dólares

Perante a sangria de 100 engenheiros que decidiram nos últimos meses trocar a Apple pela Meta, a empresa fundada por Steve Jobs sentiu a necessidade de atribuir bónus salariais em ações.

29 de Dezembro de 2021 às 15:00
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A guerra por talentos está a consumir Silicon Valley. Perante a sangria de 100 engenheiros que decidiram nos últimos meses trocar a Apple pela Meta, a antiga Facebook, a empresa fundada por Steve Jobs sentiu a necessidade de atribuir bónus salariais em ações.

De acordo com fontes internas da Apple contactadas pela Bloomberg, as quantias variaram entre os 50 mil dólares, 80 mil dólares, 100 mil dólares, 120 mil dólares e em "um ou outro caso 180 mil doláres".

Os pagamentos não fazem parte dos pacotes normais de compensação da Apple, que incluem um salário base, unidades de ações e um bónus em dinheiro. Por vezes, a Apple concede bónus adicionais em dinheiro aos empregados, mas o tamanho dos últimos envelopes tem sido, segundo relatos internos, "atípico e surpreendentemente cronometrado".

Por outro lado e de acordo com as mesmas fontes, o programa de bónus irritou alguns engenheiros que não receberam as ações e que acreditam que o processo de seleção é arbitrário. Ao que a Bloomberg apurou, os bónus em ações foram atribuídos a apenas 10% a 20% dos engenheiros dos departamentos em causa.

O valor de alguns dos bónus chegam mesmo a "fazer ombro" com a subvenção anual de ações concedida a alguns gestores da empresa. As ações subiram 36% este ano, colocando a capitalização de mercado da empresa a passos muito pequenos do patamar dos 3 mil milhões de dólares. Contactada pela Bloomberg, a empresa não quis comentar.

A luta por talentos num dos principais hubs empresariais do mundo está a dar que falar. Para além da Apple, também a Meta já perdeu executivos para aquela que parece ser cada vez mais a sua principal rival.

Tanto uma como a outra empresa comprometeram-se a um programa nos próximos dois anos muito semelhante, em termos de hardware: a começar pelos auriculares e a terminar nos aparelhos de realidade aumentada.

Para além do dinheiro, a política mais liberal da Meta no que toca ao teletrabalho e ao trabalho híbrido tem cativado os engenheiros que decidem sair da Apple. Recorde-se que a empresa de Tim Cook, embora tenha adiado o seu prazo para o regresso dos colaboradores, espera que os funcionários trabalhem a partir do escritório pelo menos três dias por semana, enquanto os engenheiros de hardware serão obrigados a ficar ainda mais tempo: entre quatro a cinco dias por semana.
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