A GoPro vai dispensar 7% da sua força de trabalho, o que deverá equivaler a despedir 100 dos seus cerca de 1.500 colaboradores.

Em comunicado, a fabricante de máquinas fotográficas explica que esta decisão visa "alinhar os recursos com as principais iniciativas em desenvolvimento". E deverá custar 5 a 10 milhões de dólares (4,6 a 9,2 milhões de euros) em rescisões no primeiro trimestre deste ano.

"Desde o nosso IPO [Oferta Pública Inicial], contratamos mais de 1.000 pessoas para nos ajudarem a crescer no nosso core business e a capitalizar novas oportunidades de negócio", começou por justificar o fundador da companhia da Califórnia, Nick Woodman (na foto), num email enviado aos colaboradores, citado pela Forbes.

"Mas precisamos de realocar recursos da actual força de trabalho com vista a reinvestir mais agressivamente em certas áreas, como software, hardware e desenvolvimento de media, além de iniciativas de marketing global", acrescentou. "Sei que este dia não é o tipo de dia a que estamos habituados na GoPro. Mas o amanhã será muito melhor", prometeu.

No mesmo comunicado, a companhia norte-americana também revela vendas preliminares abaixo do esperado. Apesar de reportar um volume de negócios que deverá ascender a 1,6 mil milhões de dólares (1,47 mil milhões de euros) em 2015, mais 16% do que no ano anterior, a empresa antecipa receitas de 435 milhões de dólares no quarto trimestre.

O número fica "abaixo do esperado" – que era de 511 milhões de dólares, segundo a Bloomberg -, reflectindo sobretudo a menor procura pelos aparelhos da GoPro nas lojas.

O lançamento do mais recente modelo compacto Hero4 não estará a correr de feição à tecnológica de San Mateo, que foi obrigada a baixar o preço pouco tempo depois de o pôr à venda.

Vários analistas também têm manifestado dúvidas quanto à capacidade da empresa em alargar o interesse pelos seus produtos além dos entusiastas das imagens desportivas e radicais.