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Ex-CEO da Yahoo ansiosa por voltar a usar o Gmail

Marissa Mayer, que deixou a liderança da Yahoo há dois dias, disse numa conferência em Londres que uma das coisas pela qual ansiava nesta vida pós-Yahoo era voltar a usar o gmail. Mayer terá recebido quase 260 milhões quando saiu da Yahoo.

Bloomberg
15 de Junho de 2017 às 13:36
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No passado dia 13 de Junho, foi concluída a venda da operação web da Yahoo à Verizon por cerca de 4 mil milhões de euros. Marissa Mayer (na foto), até terça-feira CEO da Yahoo, abandonou o cargo, como já várias notícias tinham antecipado. Nas últimas horas, a gestora esteve presente numa conferência em Londres. Nesse evento, a antiga líder da tecnológica afirmou, de acordo com o Business Insider, que nesta nova fase da sua vida estava ansiosa por voltar a usar o gmail, o serviço de email da Google. Mayer acrescentou que é mais rápida quando usa ferramentas desenhadas por si, de acordo com a mesma fonte.

Mayer antes de, em 2012, ter assumido a liderança da Yahoo, trabalhava na Google. E nesta tecnológica esteve durante mais de uma década, liderando o desenvolvimento de vários produtos, como é o caso do gmail.


Na rede social Twitter, Marissa Mayer reagiu a esta notícia do Business Insider. No primeiro tweet sobre o tema, Mayer assinala que
vai "continuar a usar também o excelente Yahoo Mail. O trabalho árduo da equipa compensou com um produto dramaticamente melhor".

O segundo tweet, publicado quase imediatamente a seguir, refere que as suas declarações foram "retiradas do contexto" uma vez que os seus comentários eram sobre "o design do Gmail e como evoluiu desde o meu trabalho nos primeiros tempos".


 

Negócio concluído

A compra do serviço de internet da Yahoo pela Verizon ficou concluída na última terça-feira, 13 de Junho. Mas antes desta operação ser concluída, muita tinta correu na imprensa.

Em Julho do ano passado, a Yahoo anunciou ter chegado a acordo para vender as suas operações de internet à Verizon, por 4,8 mil milhões de dólares. Mas de Julho a Dezembro surgiram notícias que fizeram com que a operação abanasse. Abanasse mas não caísse.

A Yahoo revelou no final do ano passado que tinha sido alvo do roubo de dados de mais de mil milhões de utilizadores. A Verizon não desistiu da operação mas quis diminuir a oferta. Em Fevereiro, as duas tecnológicas acordaram que a Verizon ia pagar pelo negócio de internet da Yahoo 4,48 mil milhões de dólares, menos 350 milhões de dólares que o valor acertado inicialmente.


Em Março foi revelado que Marissa Mayer deveria deixar de ser CEO da empresa após a venda dos activos da internet da Yahoo à Verizon. Mas, e de acordo com o que foi veiculado na altura, Mayer não saia de mãos a abanar. Segundo o comunicado da Yahoo da altura, Mayer poderia receber 23 milhões de dólares quando a operação estivesse concluída. O pagamento desta indemnização estaria condicionado à venda da Yahoo e à saída de Marissa Mayer da empresa sem justa causa. A gestora receberia 3 milhões em dinheiro e os restantes 20 milhões de dólares em acções.

Há dois dias, a CNN escrevia que Mayer saia da Yahoo com um "bom negócio", que ascendia a quase 260 milhões de dólares. A estação norte-americana refere que, de acordo com a informação presente no regulador norte-americano, Marissa Mayer detém 4,5 milhões de acções da Yahoo, o que, face à cotação dos títulos na terça-feira (52,50 dólares), significava que Mayer tinha na sua posse uma posição avaliada em cerca de 236 milhões de dólares.

A somar a isto, adianta a mesma fonte, a antiga líder da tecnológica recebeu a indemnização por despedimento de 23 milhões de dólares. Contas feitas, Marissa Mayer pode ter abandonado as suas funções na Yahoo com 259 milhões de dólares.

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