O encerramento da ONI Way por parte da ONI permitirá um maior enfoque daquela empresa no negócio de telefonia fixa, afirmou a Electricidade de Portugal (EDP), o maior accionista daquelas empresas, em comunicado.

Com a venda do negócio do quarto operador móvel, «a ONI liberta recursos financeiros, técnicos e humanos que lhe permitem um total enfoque no negócio de telefonia fixa, contribuindo assim para uma aposta mais sólida neste sector», revela a mesma fonte.

O negócio da telefonia fixa «não tem os custos que a ONI Way tinha, logo é um negócio mais interessante para a EDP», adianta uma fonte conhecedora do processo. A ONI, operadora de rede fixa, está presente no mercado espanhol, através da Comunitel, da qual detém 99,2%.

Em Espanha a empresa aposta no segmento empresarial, enquanto no mercado português presta serviços no mercado residencial e de empresas.

A operadora participada da EDP alcançou um volume de negócios de 222,9 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano. Este montante inclui as operações em Portugal e Espanha.

Em termos de EBITDA, ou «cash flow» operacional, a empresa registou 37,8 milhões de euros negativos. A Comunitel alcançou um EBITDA positivo no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a operadora, as operações da ONI no mercado português deverão atingir o EBITDA positivo «durante o próximo ano», adiantou fonte oficial da empresa.

A ONI investiu 65,1 milhões de euros no negócio da rede fixa em Portugal e Espanha, nos primeiros nove meses deste ano, contando actualmente com 1.399 trabalhadores, estando a maior parte deles afectos às operações nacionais.

A ONI é detida a 56% pela EDP, tendo o Banco Comercial Português (BCP) 22,8%, seguida da Brisa com 17% e a Galpenergia com 4,2%.

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