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Conhece o comboio que pode ultrapassar os 1.000 kms/hora?

O primeiro troço do supersónico Hyperloop, pensado por Elon Musk, milionário e fundador da Tesla e da SpaceX, já teve luz verde para ver iniciada a construção. As viagens com passageiros estão prometidas para 2021.

D.R.
27 de Janeiro de 2016 às 18:07
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Alimentado a energia solar, de traços futuristas, capaz de percorrer 1.300 quilómetros numa hora. Assim poderá ser o Hyperloop, o comboio supersónico que está a nascer na Califórnia, Estados Unidos da América, para transportar passageiros e carga.

As autoridades do Condado de Kings acabam de dar luz verde à construção em Quay Valley, do primeiro troço, que terá oito quilómetros de extensão, noticia esta quarta-feira, 27 de Janeiro, o Expansión, avançando que pode estar a funcionar em 2018.

Com um investimento de 150 milhões de dólares (138 milhões de euros) - com retorno a oito anos -, dentro de "algumas semanas" começa a preparação do terreno, esperando-se que a construção tenha início em finais do segundo trimestre deste ano, de acordo com a HyperloopTransportation Technologies, a empresa que está a desenvolver o projecto, citada pelo jornal espanhol.

Percorrendo 400 quilómetros em meia-hora, este comboio magnético será formado por cápsulas que ‘flutuam’ dentro de um túnel, sobre um colchão de ar de baixa-pressão. Foi anunciado em 2013 e tem sido impulsionado por Elon Musk, fundador de empresas como a Paypal, Tesla Motors, SpaceX ou SolarCity, que chegou a apelidar o Hyperloop de ‘concorde terrestre’.

A intenção é revolucionar a forma de fazer viagens de longa distância, mas também o transporte urbano. Até porque uma das intenções da Hyperloop Transportation Technologies - que se assume como uma empresa de inovação e não de infra-estruturas - é que o comboio possa ser construído primeiro nos países emergentes e nas cidades com elevados níveis de poluição, como Pequim ou Bombaim.

"Não é ficção científica. É um projecto executável e sustentável", garantia o presidente executivo do Hyperloop, Dirk Ahlborn, numa entrevista ao mesmo periódico, em Novembro passado. Nessa altura, garantia que o investimento por milha (1,6 quilómetros) rondaria no máximo os 20 milhões de dólares (18,4 milhões de euros).

Explicava ainda que o projecto funciona com base no "crowdsourcing", ou seja, no talento colectivo, já que qualquer pessoa em qualquer parte do mundo pode colaborar, sendo remunerada com uma participação na companhia. Por agora, haverá mais de 450 sócios-colaboradores, em mais de 20 países, que se organizam em equipas de cinco a nove elementos, coordenadas através da internet.

"O medo de perder o controlo de uma companhia ou o querer impor o nosso ponto de vista são comportamentos próprios de organizações ultrapassadas, e não de uma companhia que está focada na forma como será o mundo daqui a cinco, 10 ou 20 anos", explicava Ahlborn. "Nenhuma empresa tem na sua equipa o melhor talento do mundo. Muito menos quando não está a facturar. Porque não pedir a colaboração dos melhores?", questionava.

No início de Janeiro, em pleno deserto, a CNN mostrava os preparativos para testar o Hyperloop.

Ao canal de televisão, o presidente da Hyperloop Tecnologies – empresa irmã da Hyperloop Transportation Techonologies -, Rob Lloyd, ex-Cisco, prometia os primeiros bilhetes para viajar no comboio supersónico para o ano 2021. E antecipava: "dá para ir do centro de uma cidade a outro em minutos, em vez de uma hora e meia até ao aeroporto. Faz-nos pensar de forma completamente diferente sobre o local onde trabalhamos, onde habitamos, como vivemos a nossa vida".

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