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Depois de Paris, Madrid também quer proibir carros a gasóleo poluentes no centro da cidade

A medida deverá ser introduzida até 2020, anunciou a autarquia da capital espanhola. A forma de operacionalizar a restrição ainda está em aberto, já que não dispõe de dados cadastrais sobre o nível de emissões de óxidos nitrosos.

Sergio Perez/Reuters
25 de Janeiro de 2016 às 17:49
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A  câmara municipal (ayuntamiento) de Madrid vai propor interditar o acesso de viaturas diesel poluentes ao centro da capital espanhola dentro de quatro anos. A medida, revelada esta segunda-feira por uma responsável da autarquia, significa intensificar as actuais medidas de controlo ambiental que já estabelecem procedimentos em caso de emergência.


"Agora há medidas para os episódios de elevada contaminação e restrições de acesso ao centro da cidade, mas chegará o momento em que os carros poluentes não poderão circular e tomar-se-ão medidas de restrição no ‘miolo’ da cidade", disse ao El País a vereadora da Mobilidade da autarquia madrilena, Inés Sabanés.

A hipótese segue-se à já anunciada, nos mesmos moldes, por Paris – que em Setembro começou a restringir o acesso às viaturas mais poluentes em determinadas zonas e períodos horários. Já Londres cobra uma sobretaxa por cada carro movido a diesel, além da que já paga a generalidade dos veículos que circula no centro da cidade britânica. No final do ano passado, Roma e Milão viram-se forçadas a reduzir pontualmente o acesso de veículos para tentar reduzir os níveis de "smog".

De acordo com o El País, cerca de 70% das viagens na cidade espanhola dependem do gasóleo e em cinco anos a idade média das viaturas duplicou. A presença de carros eléctricos não chega a 1%. Por outro lado, as autoridades ainda não têm informação cadastral sobre a emissão de óxido nitroso de cada viatura, o que dificultará a triagem entre os mais e menos poluentes.

Actualmente, Madrid pode restringir a circulação na zona central da capital sempre que os níveis de contaminação apresentem valores limite. Há cerca de um ano que funcionam medidas complementares, como limitação da velocidade em auto-estradas que atravessam a capital, proibição de estacionamento em zonas pré-definidas e circulação alternada na via rápida que atravessa a cidade.  

Madrid tem violado os limites legais comunitários de emissões destes gases tóxicos e já foi instada por Bruxelas a corrigir o problema, sob ameaça de coimas.


Desde 15 de Janeiro do ano passado que Lisboa proibiu os carros com matrículas anteriores a 2000 e a 1996 de circular (independentemente da fonte de combustível), das 07:00 às 21:00 dos dias úteis, em duas zonas no centro da cidade. A extensão destas medidas produziu-se ao abrigo da terceira fase das Zonas de Emissões Reduzidas. A primeira fase arrancou em 2011 e a segunda um ano depois. 

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