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Casa Branca sem planos contra Amazon apesar de ataques de Trump
A Casa Branca não está a planear acções concretas contra a Amazon apesar do ataque cerrado de Donald Trump contra o gigante do comércio electrónico.
Na última semana, o presidente norte-americano tem intensificado as críticas à empresa liderada por Jeff Bezos usando a sua arma favorita: o Twitter. Desde a passada quinta-feira, Trump atacou a Amazon em cinco tweets.
Cinco responsáveis da Casa Branca disseram à Bloomberg, sob condição de anonimato, que não estão em curso discussões para medidas legais ou de regulação por parte da Administração Trump contra a Amazon.
Uma das fontes revelou que, no Verão passado, Trump manifestou a intenção de aumentar os preços cobrados pelos correios dos EUA à Amazon, mas que os seus conselheiros lhe explicaram que os serviços postais são uma entidade independente e que as suas tarifas são fixadas por uma comissão.
O fogo cerrado de Trump contra a Amazon afundou as acções da empresa, encolhendo o valor de mercado da Amazon em 55 mil milhões de dólares (cerca de 45 mil milhões de euros) nos últimos seis dias.
Trump chegou a afirmar que os correios dos EUA perdiam milhares de milhões de dólares com as entregas que efectuam para a Amazon. Contudo, os serviços postais indicaram que os seus serviços associados ao e-commerce são lucrativos e que estão legalmente proibidos de cobrar às empresas que enviam as encomendas menos do que os custos de entrega.
Adicionalmente, refutando uma das acusações de Trump, os contribuintes norte-americanos não sustentam directamente as operações dos correios.
Citando um relatório que não identificou, Trump argumentou que os serviços postais perdem 1,47 dólares de cada vez que entrega uma encomenda da Amazon. Um analista do sector referiu que, em 2015, estimava que os serviços postais eram responsáveis por 40% das entregas da Amazon e que a empresa de Jeff Bezos pagava dois dólares por encomenda, cerca de metade do valor que pagaria a empresas privadas como a UPS ou a FedEx.