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Bruxelas prepara-se para aplicar nova multa milionária à Google

Bruxelas prepara-se para aplicar uma nova multa à Google por penalizar potenciais anunciantes rivais, no mais recente confronto entre a gigante tecnológica e a União Europeia em matéria de concorrência.

Lusa
15 de Março de 2019 às 13:13
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A notícia é avançada pelo Financial Times, que escreve que a multa será anunciada na próxima semana pela comissária europeia da concorrência, Margrethe Vestager, depois de uma investigação de alto nível deste organismo da União Europeia.

A confirmar-se esta penalização, será o terceiro processo levantado pela concorrência europeia contra a Google, que já tem uma fatura de 7 mil milhões de euros a pagar pelos dois casos anteriores.  

Em julho do ano passado, Bruxelas aplicou uma multa recorde de 4,3 mil milhões de euros à tecnológica por abuso de posição no mercado devido ao sistema Android, depois de, em junho de 2017, já ter anunciado uma penalização de 2,42 mil milhões por favorecimento do serviço de comparação de preços 'Google Shopping' em relação aos seus concorrentes. A Google recorreu em ambos os processos.

Esta última investigação concentrou-se no Google AdSense, que coloca a sua caixa de pesquisa em sites de terceiros, como sites de notícias.  

De acordo com o Financial Times, a multa pode ir até aos 13 mil milhões de euros – 10% do volume de negócios global da empresa-mãe, a Alphabet – mas deverá ficar significativamente abaixo desse limite máximo.

Como é destacado na acusação, em 2016, as autoridades europeias temem que a Google "reduza artificialmente a escolha e sufoque a inovação no mercado" restringindo contratualmente a forma como os sites exibem anúncios de busca dos concorrentes.  

Segundo explica o FT, o processo da UE centra-se nas exigências da Google, introduzidas em 2006, de que uma série de sites usasse o seu serviço de anúncios, de forma exclusiva, se quisesse incluir a caixa de pesquisa do Google no seu site. Três anos depois essas exigências foram aliviadas para permitir que os sites mostrassem anunciantes concorrentes, mas ainda assim com um número mínimo de anúncios do Google em locais privilegiados. Os termos dos contratos foram eliminados a partir de 2016.

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