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Apple enfrenta processo em tribunal por revistar pertences dos funcionários

A tecnológica liderada por Tim Cook é alvo de queixa por parte dos colaboradores das suas lojas na Califórnia. Em Dezembro passado, um tribunal recusou que fosse intentada uma acção civil colectiva contra a empresa da maçã, mas o processo foi reaberto e agora vai mesmo em frente.

Bloomberg
16 de Julho de 2015 às 20:28
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É oficial. Vai mesmo chegar à barra do tribunal uma acção civil colectiva intentada pelos trabalhadores de 52 lojas tradicionais da Apple Store no Estado norte-americano da Califórnia.

 

O processo foi iniciado em 2013, quando milhares de funcionários daquelas lojas exigiram ser indemnizados pelo tempo que perdiam enquanto as suas malas eram revistadas, uma medida que visava assegurar que não tinham roubado material, recorda a Reuters.

 

No final do ano passado, William Alsup, juiz do tribunal distrital de São Francisco, recusou dar provimento ao processo. Isto porque, relatava na altura a Apple Insider, não viu fundamento para uma queixa colectiva e porque se baseou num acórdão do Supremo Tribunal relativo a um caso semelhante ocorrido na Amazon e que deu razão aos empregadores.

 

No entanto, os funcionários da Apple não desistiram. O caso foi reaberto e agora o mesmo juiz decidiu certificar o caso na qualidade de acção civil colectiva.

 

Os funcionários da empresa tecnológica dizem que a prática de revistarem os seus pertences é embaraçosa e humilhante, além de que os faz perder tempo que poderia ser usado a conseguirem mais vendas – e, por conseguinte, mais comissões.

 

Um trabalhador de um dos 52 estabelecimentos Apple Store na Califórnia, cujo nome foi deliberadamente omitido do comunicado do tribunal, disse ter escrito em 2012 ao presidente executivo da empresa, a denunciar o facto de os gerentes das lojas terem "instruções para tratarem empregos valiosos como criminosos", conta a Reuters. Tim Cook terá reenviado a mensagem aos responsáveis dos departamentos de Recursos Humanos e de Retalho, perguntando se aquilo era verdade, mas o comunicado do tribunal não refere que resposta obteve o CEO.

 

Neste processo, agora com base legal para avançar na qualidade de acção civil colectiva, os queixosos Amanda Friekin e Dean Pelle alegam que estes controlos e vistorias aos seus pertences são realizados sempre que os vendedores saem da loja, mesmo para os intervalos das refeições.

 

Segundo os mesmos queixosos, citados pela MacRumours, muitas vezes viam os seus turnos estender-se por mais 10 a 15 minutos devido a estas operações, mas, uma vez que eram levadas a cabo fora do horário registado no livro de ponto, acabavam por não ser compensados por este tempo a mais.

 

Os funcionários queixosos querem ser indemnizados por estas horas extra não pagas, entre outras reivindicações.

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