A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, sem restrições, a compra da Tele Centro Oeste (TCO) pela Vivo, «joint venture» formada pela Portugal Telecom e a Telefónica Móviles para o mercado móvel brasileiro, anunciou o regulador de telecomunicações no Brasil.

Para consolidar a liderança no mercado de telefonia móvel no Brasil, faltava a aprovação, pelo regulador, da compra da operadora móvel que marca presença nas regiões de Brasília e Nordeste brasileiro.

Depois da celebração do contrato de compra e venda das acções do grupo controlador da TCO, a empresa brasileira vai lançar uma oferta pública de troca sobre aquela operadora para garantir a totalidade do seu capital.

À Splice, grupo de controlo da TCO, a Vivo prevê oferecer 18,23 reais (5,25 euros) por cada das suas acções com direito a voto. Os minoritários, com acções que detêm direito de voto vão auferir, com um desconto, um valor de 14,58 reais (4,20 euros).

No âmbito do acordo de compra da TCO, a participada a 50% pela PT [PTC], entrega 1,27 acções da TCP por cada acção preferencial sem voto da TCO ou que avalia cada acção preferencial, detida pelos minoritários da TCO, em 5,61 reais (1,62 euros).

Estas contrapartidas, com descontos face ao grupo de controlo é contestado pela Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais (Animec) que representa os accionistas minoritários que alegam que os seus direitos não estarão salvaguardados na oferta da Vivo.

A TCP, «holding» cotada em Bolsa, que detém a Telesp Celular e a Global Telecom, é uma das empresas que constitui a Vivo.

As acções da PT cotavam nos 6,89 euros, a cair 0,86%.