A Telesp Celular Participações (TCP) garantiu o controlo definitivo da Tele Centro Oeste, após ter celebrado ontem o contrato de compra e venda com os accionistas de referência da operadora móvel brasileira, anunciou a empresa.

«A Portugal Telecom anuncia que a TCP celebrou ontem o contrato de compra e venda das acções definitivo relativo à aquisição do controlo accionista da TCO, conforme previsto no contrato preliminar e divulgado em 16 de Janeiro de 2003», refere a operadora em comunicado.

A efectiva transferência do controlo accionista só ocorrerá após a aprovação da operação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), «quando será, então, determinado e divulgado o preço definitivo» da oferta, acrescentou a mesma fonte.

À Splice, grupo de controlo da TCO, a Brasilcel prevê oferecer 18,23 reais (5,04 euros) por cada das suas acções com direito a voto. Os minoritários, com acções que detêm direito de voto vão auferir, com um desconto, um valor de 14,58 reais (4,03 euros).

No âmbito do acordo de compra da TCO, a Brasilcel, «joint venture» da PT e da Telefónica Móviles, entrega 1,27 acções da TCP por cada acção preferencial sem voto da TCO ou que avalia cada acção preferencial, detida pelos minoritários da TCO, em 5,61 reais (1,55 euros).

Estas contrapartidas, com descontos face ao grupo de controlo é contestado pela Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais (Animec) que representa os accionistas minoritários que alegam que os seus direitos não estarão salvaguardados na oferta da Brasilcel.

A TCP é uma das empresas que constitui a Brasilcel que marca presença na telefonia móvel brasileira nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

As acções da PT cotavam nos 6,57 euros, a subir 0,92%.