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Acções da Ericsson afundam 18% após resultados abaixo do esperado

A fabricante sueca anunciou que as vendas do terceiro trimestre registaram a maior descida desde 2003, o que levou os títulos a afundarem. É a maior desvalorização em bolsa em quase uma década.

Reuters Stig-Ake Jonsson
12 de Outubro de 2016 às 09:45
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As acções da Ericsson estão a afundar na bolsa de Estocolmo, depois de a fabricante de equipamentos de telecomunicações ter reportado resultados abaixo das estimativas.

Os títulos desvalorizam 18,19% para 50,60 coroas suecas, a maior queda dos últimos nove anos.

A empresa anunciou esta quarta-feira, 12 de Outubro, que as receitas caíram 14% para 51,1 mil milhões de coroas suecas (cerca de 5,27 mil milhões de euros) no terceiro trimestre do ano – a maior descida desde 2003.

A margem bruta desceu de 34%, no terceiro trimestre de 2015, para 28%, no mesmo período deste ano, o nível mais baixo desde 2001. Ambos os indicadores ficaram abaixo do esperado pelos analistas, que antecipavam receitas de 54,2 mil milhões de coroas suecas e uma margem bruta de 33%.

O resultado operacional caiu para 300 milhões de coroas suecas no período entre Julho e Setembro, o que compara com 5,1 mil milhões no mesmo trimestre de 2015.

"O nosso resultado é significativamente mais baixo do que esperávamos, com um final de trimestre particularmente fraco", afirma o CEO Jan Frykhammar, no comunicado da empresa citado pela Bloomberg. "As tendências negativas da indústria têm acelerado".

É mais uma machada para a fabricante sueca que, num ambiente de crescente concorrência com empresas como a Huawei e a Nokia, tem em marcha um programa de cortes avaliado em nove mil milhões de coroas suecas (mais de 900 milhões de euros) por ano até 2017.

Em Julho, a fabricante sueca anunciou que Hans Vestberg deixaria o cargo de CEO e presidente da Ericsson, sendo substituído temporariamente pelo CFO.

A decisão foi anunciada depois da divulgação dos resultados do segundo trimestre, período em que os lucros da empresa desceram 24%.

A Ericsson anunciou no mês passado que vai reduzir a produção nas cidades de Boraas e Kumla para se concentrar no desenvolvimento de software. Uma decisão que conduz à eliminação de três mil postos de trabalho na Suécia, um quinto da sua força de trabalho naquele país

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