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Accionistas controladores da Novabase querem João da Silva Bento para CEO e distribuir 30% dos lucros

Na assembleia electiva do próximo ano, o núcleo controlador de accionistas vai propor que Luís Paulo Salvado passe a ser presidente não executivo e para CEO a proposta recai sobre outro accionista: João da Silva Bento. O núcleo controlador fez um acordo parassocial onde se compromete a tentar que haja até 2020 uma distribuição de 30% dos lucros.

Luís Paulo Salvado vai passar a presidente do conselho de administração. Bruno Simão/Negócios
16 de Outubro de 2017 às 20:17
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O núcleo controlador de accionistas da Novabase vai propor que no próximo ano a organização da empresa mude, para existir um conselho de administração e uma comissão executiva.

De acordo com o comunicado feito à CMVM, no seguimento da realização de novo acordo parassocial entre os accionistas de referência da empresa tecnológica, este grupo pretende propor à assembleia geral do próximo ano que a empresa adopte "uma estrutura de órgão de administração composta por um conselho de administração integrado por membros executivos e por membros não executivos; e delegação dos poderes de gestão corrente da Novabase numa comissão executiva".

E propõe, desde já, mudanças na gestão executiva da empresa. Assim o actual CEO, Luís Paulo Salvado, passará, se a proposta for aprovada, a ser presidente do conselho de administração, portanto com funções não executivas. O CEO passará a ser João Nuno da Silva Bento, que tem 50 anos. 

Luís Paulo Salvado (na foto) fez 51 anos em Agosto. 

O núcleo accionista - composto por José Oom Ferreira de Sousa, Luís Paulo Salvado, Álvaro da Silva Ferreira, Pedro Marques de Carvalho e João da Silva Bento – avança já os nomes para a composição desses dois órgãos. Assim, pretende que para o triénio 2018-2020 o conselho de administração seja composto por: Luís Paulo Salvado, João da Silva Bento, Álvaro da Silva Ferreira, Francisco Morais Antunes, María del Carmen Gil Marín e José Oom Ferreira de Sousa, Pedro Marques de Carvalho e Marta Graça Rodrigues do Nascimento.

Destes administradores propõe-se que sejam executivos: João da Silva Bento, Álvaro da Silva Ferreira, Francisco Morais Antunes e María del Carmen Gil Marín.

Até que as alterações sejam aprovadas o conselho de administração da Novabase delegou a gestão corrente a dois administradores-delegados, no mandato que se iniciou em 2015 e que termina este ano. A gestão executiva estava entregue a Luís Paulo Salvado e a Francisco Morais Antunes.

Mas antes do actual triénio, a estrutura já estava organizada como vai voltar a acontecer em 2018: uma comissão executiva escolhida pelo conselho de administração.

Isto acontece depois do núcleo de accionistas referido ter feito um acordo parassocial que vai vigorar até 2021 e que tem por objecto 33,4%, ainda que o conjunto de accionistas tenha um total de 39,97% do capital da Novabase, que supera os 40% tendo em conta as acções próprias detidas pela empresa.

No âmbito do acordo parassocial, os accionistas comprometem-se a votar no mesmo sentido nas assembleias-gerais da empresa em matérias como os dividendos, remunerações e prémios de gestão dos órgãos sociais, aumentos e reduções de capital, supressão do direito de preferência em aumentos de capital, composição dos órgãos sociais, fusão ou cisão da Novabase e em qualquer alteração dos estatutos.

Pretendem também procurar, consoante as condições de mercado, que entre 2017 e 2020 a política de dividendos passe por uma distribuição de pelo menos 30% do resultado líquido do exercício.

Na última assembleia, em 2017, foi proposta a distribuição de 4,7 milhões de euros aos accionistas, um montante equivalente a 49,2% do resultado líquido consolidado. O dividendo foi, assim, de 15 cêntimos por acção.

Uma das novidades do novo parassocial é que Rogério Carapuça, que foi durante muitos anos presidente da empresa, deixou de ser parte do acordo. Aliás, o comunicado diz mesmo que Rogério Carapuça deixou de deter qualquer participação social na Novabase.
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