Notícia
23% das empresas portuguesas usaram IoT em 2021. Uso subiu, mas continua abaixo da média europeia
No ano passado, cerca de 23% das empresas nacionais usaram tecnologia Internet of Things (IoT), refletindo um aumento de 10 pontos percentuais face a 2020. Os dados são divulgados pela Anacom.
Em 2021, cerca de 23% das empresas portuguesas que tinham 10 ou mais trabalhadores recorreram a tecnologia de Internet of Things (IoT), seja através do uso de dispositivos ou sistemas conectados que podem ser monitorizados ou controlados à distância. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações, a Anacom, estes números refletem um aumento de 10 pontos percentuais face a 2020.
Ainda assim, apesar do aumento, a utilização desta tecnologia em Portugal continua abaixo da média dos países da União Europeia. Portugal está seis pontos percentuais abaixo da média do bloco europeu dos 27, situada nos 29%, passando de um 19.º lugar no ranking em 2020 para a 16.ª posição em 2021.
Na análise ao bloco dos 27, a Áustria é o país onde esta tecnologia é mais usada, com cerca de 50% das empresas austríacas a utilizar IoT, seguida pela Eslovénia (48%) e pela Finlândia (40%). Em sentido contrário, a Roménia é o país dos 27 que menos usa IoT, com cerca de 10%. Também a Bulgária, Estónia e a Polónia ficam "mal na fotografia", todas com menos de 20% de utilização.
Em Portugal, o principal uso destes dispositivos esteve ligado sobretudo à segurança das instalações (86%), gestão do consumo de energia (32%), gestão logística (21%), processos de produção (19%), monitorização das necessidades de manutenção (18%) e serviço ao cliente (13%), indica este relatório.
A Anacom nota que existe uma relação entre a dimensão das empresas e a utilização desta tecnologia. No caso das grandes empresas, 46% recorria a IoT, enquanto nas médias empresas a utilização baixou para valores de 35%.
Por setor de atividade, as empresas dos setores de eletricidade e água lideraram (41%), seguida pelas empresas de gestão de consumo de energia (32%) e pela gestão logística (21%). Já entre as empresas de processos de produção, 19% das organizações deste setor recorreram a IoT, seguidas pelas empresas de monitorização das necessidades de manutenção (18%) e pelas companhias de serviço ao cliente (13%).
IoT conquista segmento residencial
Os dados são relativos a 2020, mas mostram um uso mias expressivo na utilização de equipamentos conectados nas famílias portuguesas. Nesse ano, 30,1% dos utilizadores individuais de Internet dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet, um valor superior à média da UE27, e 19% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet.
O relatório da Anacom nota que, 23,6% do total de indivíduos dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet, valor também superior à média da UE27, e 14,8% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet.
Entre os equipamentos de uso pessoal analisados destacam-se os relógios inteligentes (‘smartwatches’), as pulseiras de fitness, óculos ou auscultadores, equipamentos de localização por GPS, roupas, sapatos ou acessórios (23,8% dos utilizadores de Internet). Seguem-se os automóveis equipados pelo fabricante com conexão à Internet sem fios (8,6%); e os equipamentos conectados com a Internet para cuidados médicos e de saúde (7,2%).
Entre os equipamentos domésticos analisados destacaram-se as assistentes virtuais (9,7%), as soluções de segurança (6,6%), os eletrodomésticos (5,6%) e os equipamentos que permitem gerir a energia da casa (5,1%). Portugal só fica aquém da média europeia no que diz respeito à categoria de brinquedos (1,8% em Portugal contra 2% na UE).
Estes equipamentos domésticos e de uso pessoal com ligação à Internet foram mais utilizados pelos indivíduos com maiores níveis de escolaridade, nota o relatório, e com menos de 45 anos.
Ainda assim, apesar do aumento, a utilização desta tecnologia em Portugal continua abaixo da média dos países da União Europeia. Portugal está seis pontos percentuais abaixo da média do bloco europeu dos 27, situada nos 29%, passando de um 19.º lugar no ranking em 2020 para a 16.ª posição em 2021.
Em Portugal, o principal uso destes dispositivos esteve ligado sobretudo à segurança das instalações (86%), gestão do consumo de energia (32%), gestão logística (21%), processos de produção (19%), monitorização das necessidades de manutenção (18%) e serviço ao cliente (13%), indica este relatório.
A Anacom nota que existe uma relação entre a dimensão das empresas e a utilização desta tecnologia. No caso das grandes empresas, 46% recorria a IoT, enquanto nas médias empresas a utilização baixou para valores de 35%.
Por setor de atividade, as empresas dos setores de eletricidade e água lideraram (41%), seguida pelas empresas de gestão de consumo de energia (32%) e pela gestão logística (21%). Já entre as empresas de processos de produção, 19% das organizações deste setor recorreram a IoT, seguidas pelas empresas de monitorização das necessidades de manutenção (18%) e pelas companhias de serviço ao cliente (13%).
IoT conquista segmento residencial
Os dados são relativos a 2020, mas mostram um uso mias expressivo na utilização de equipamentos conectados nas famílias portuguesas. Nesse ano, 30,1% dos utilizadores individuais de Internet dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet, um valor superior à média da UE27, e 19% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet.
O relatório da Anacom nota que, 23,6% do total de indivíduos dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet, valor também superior à média da UE27, e 14,8% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet.
Entre os equipamentos de uso pessoal analisados destacam-se os relógios inteligentes (‘smartwatches’), as pulseiras de fitness, óculos ou auscultadores, equipamentos de localização por GPS, roupas, sapatos ou acessórios (23,8% dos utilizadores de Internet). Seguem-se os automóveis equipados pelo fabricante com conexão à Internet sem fios (8,6%); e os equipamentos conectados com a Internet para cuidados médicos e de saúde (7,2%).
Entre os equipamentos domésticos analisados destacaram-se as assistentes virtuais (9,7%), as soluções de segurança (6,6%), os eletrodomésticos (5,6%) e os equipamentos que permitem gerir a energia da casa (5,1%). Portugal só fica aquém da média europeia no que diz respeito à categoria de brinquedos (1,8% em Portugal contra 2% na UE).
Estes equipamentos domésticos e de uso pessoal com ligação à Internet foram mais utilizados pelos indivíduos com maiores níveis de escolaridade, nota o relatório, e com menos de 45 anos.