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10 anos de Facebook: E se a rede social acabasse?

Mark Zuckerberg vai soprar, esta terça-feira, as velas pelos 10 anos do Facebook.

04 de Fevereiro de 2014 às 00:03
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Uma década depois, o mundo está diferente e uma parte dessa mudança deve-se à invenção de Mark Zuckerberg. O Facebook tornou-se a maior rede social do mundo, contando com mais de mil milhões de utilizadores activos, já sendo considerada como uma das empresas mais valiosas do mundo. E se não houvesse mais nada a seguir? E se o Facebook acabasse?

 

Em 2004, Mark Zuckerberg era apenas um miúdo e o Facebook não passava de uma ideia. Dez anos depois, é multimilionário e o Facebook já serviu de inspiração para um filme e está cotado em bolsa.

 

Mark admitia, na época, que o seu objectivo era “ligar o mundo e torná-lo mais aberto” e com isso ajudou a captar “amigos” que se irão ligar através de muitos “likes”. A rede, que era uma forma de conexão de estudantes de uma universidade, passou a ser o instrumento de trabalho para muitas empresas e uma montra para os milhões de pessoas que se foram juntando.

 

“Mais de 20% do tempo dispendido na Internet é passado no Facebook”, diz Lou Kerner, fundador do Social Internet Fund, citado pelo SBS.

 

Mas nem tudo são facilidades e se o crescimento continua a ser promissor, já existe um grupo de cidadãos do mundo que rejeita o Facebook e isso, no futuro, poderá acarretar muitos desafios.

A administração do Facebook diz ter 1,23 mil milhões de utilizadores activos por mês, dos quais 945 milhões utilizam a rede social no dispositivo móvel. Contudo, a iStrategyLabs elaborou um estudo nos EUA, onde refere que houve uma quebra do número de utilizadores entre os 13-17 anos. Contudo, registou-se um aumento de 80% dos utilizadores com mais de 55 anos.

 

E, tal como apareceu, se o Facebook desaparecesse? Ou pelo menos perdesse força e definhasse? Se algo fosse criado que fizesse migrar estes jovens para algo com maior impacto? Muitas das empresas, por exemplo, ainda não conseguiram encontrar o seu caminho certo nesta rede social para expandirem o seu negócio.

 

“Há muita gente que diz que o Facebook deixa de ser uma rede social da moda assim que os pais passam a estar na rede e até os avós”, disse Lou Kerner, segundo a mesma fonte.

 

Para contrariar estas dificuldades, no momento em que comemora 10 anos, o Facebook apresentou a nova aplicação: o Paper. O Facebook Paper é um agregador de notícias destinado aos dispositivos móveis que terá uma integração total com o Facebook, permitindo partilhar a notícia diretamente no seu perfil, bem como poderá ver “notícias” dos seus amigos no Paper.

 

A app Paper é o primeiro produto do Facebook Creative Labs, que está disponível a partir desta segunda para os utilizadores do iPhone e, para já, só está disponível na App Store a partir dos EUA. O Paper conta com 19 secções de noticias, como desporto, cultura, tecnologia, entre outros. Contudo, o nome da aplicação já está a gerar controvérsia, uma vez que já existe uma aplicação na App Store com este nome.

 

A conquista de um mercado online e das receitas de publicidade provenientes deste universo é uma das apostas de futuro do Facebook.

 

O Facebook ainda é uma rede social interessante para os seus utilizadores, mas o entusiasmo já não é o que era e o crescimento está mais lento do que se esperava, dez anos depois. Um estudo recente afiançava que a rede social vai perder 80% dos utilizadores até 2017 e que o futuro poderá ser semelhante ao do MySpace, a rede social de música que foi perdendo expressão no mercado. Os norte-americanos Joshua A. Spechler e John Cannarella responsáveis pela análise foram logo “acusados” pelo Facebook de confundirem os dados e de compararem informações que não estavam correctas.

 

Os Estados Unidos é o país com o maior número de utilizadores (146,8 milhões no final de 2013), seguido por Índia (84,9 milhões), Brasil (61,2 milhões) e Indonésia (60,5 milhões), de acordo com a consultora eMarketer. E segundo a mesma fonte, a rede social foi responsável por 5,7% das despesas mundiais de publicidade na internet no ano passado. Na publicidade de dispositivos móveis, somou 18,44% da quota do mercado.

 

Em 2013, os resultados líquidos do Facebook atingiram os 1,5 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros), valores que comparam com os 53 milhões de dólares (39,2 milhões de euros) registados no período homólogo. As receitas, nesse período, atingiram os 7,87 mil milhões de dólares (5,38 mil milhões de euros), mais do que os 5,1mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) registados em 2012. A empresa conta com mais de 6,3 mil trabalhadores.

 

A 31 de Janeiro, a capitalização bolsista do Facebook era de 153 mil milhões de dólares (113,4 mil milhões de euros).

 

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