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Second Home vai investir mais de 10 milhões de euros para abrir segundo espaço em Lisboa

A aceleradora de empresas britânica Second Home vai investir mais de 10 milhões de euros num segundo espaço em Lisboa, revelou o co-fundador Rohan Silva, que identifica maior potencial na capital portuguesa do que em Paris ou Berlim.

Bruno Simão
09 de Outubro de 2017 às 09:33
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O espaço, aberto em dezembro de 2016 no primeiro piso do Mercado da Ribeira, em Lisboa, justificou, está "cheio desde o primeiro dia" e possui uma fila de espera de empresas e empreendedores interessados em ocupar uma secretária.

 

O novo espaço terá de ter uma área significativamente maior do que os atuais 1.300 metros quadrados, pois o objetivo é ter capacidade para manter empresas que estejam em crescimento.

 

"Actualmente, se forem precisas mais três pessoas, [as empresas] precisam de sair porque não há espaço adicional", justificou, em entrevista à agência Lusa em Londres.

 

No ano passado, o investimento foi de "um montante de sete dígitos em euros", mas para a nova localização, há permissão dos investidores para alocar um "montante de oito dígitos", isto é, superior a 10 milhões de euros, mas cujo valor exacto recusou especificar.

 

"É um passo muito grande" mas mostra que Lisboa é "uma óptima cidade para fazer negócios e com uma resposta fantástica da comunidade criativa", acrescentou.

 

Rohan Silva (na foto) quer replicar em Lisboa o ambiente que existe na capital britânica, onde a Second Home abriu em 2014 numa antiga fábrica de alcatifas no este da cidade com 6.000 metros quadrados, entretanto renovada pelo ateliê de arquitetos espanhóis SelgasCano.

 

Os quatro pisos possuem tanto secretárias para membros individuais ou pequenas equipas como estúdios privados para empresas de até 50 funcionários.

 

A Second Home invoca ser mais do que um espaço de trabalho partilhado [coworking] e descreve-se como um "acelerador criativo" e um espaço cultural, que oferece concertos, sessões de cinema ou conferências.

 

"Não queremos dar apenas uma secretária num espaço bonito. Estamos a criar um sítio onde seja mais provável ser criativo e bem sucedido. Nós temos um papel activo em apresentar as pessoas umas às outras, em dar formação, para expor as pessoas a ideias e conselhos para crescerem", enfatiza Rohan Silva.

 

Em Londres, as estatísticas recolhidas mostram que as empresas utilizadoras cresceram 10 vezes mais rápido do que a média nacional e que 75% dos membros colaboram entre si em projectos profissionais.

 

Em Lisboa, trabalham lado a lado desde multinacionais, como a Volkswagen, a Mercedes ou a revista Vice, a start-ups nacionais, incluindo uma escola de surf e uma empresa de entrega de comida ao domicílio, mas a falta de espaço pode estar a limitar o crescimento dos utilizadores.

 

"Não queremos olhar para trás e pensar que Lisboa só é boa para start-ups, e que para crescer é preciso mudar para Londres. É isso que precisa de mudar, passar desta 'economia de start-up' para uma economia de maior escala. É esse passo que a nova Second Home vai tentar dar", afirmou.

 

Além de um segundo espaço em Lisboa, a Second Home vai abrir nos próximos meses mais dois espaços em Londres e tem planeada uma expansão para os EUA, em Los Angeles. 

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