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Plataforma de leilões solidários angariou mais de 200 mil euros

A eSolidar, uma start-up que disponibiliza uma plataforma de comércio electrónico e de leilões solidários, captou mais de 200 mil euros em investimento através da Seedrs.

Pedro Elias
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A eSolidar, uma start-up que tem uma plataforma de comércio electrónico e de leilões solidários, angariou 200 mil libras – mais de 238 mil euros ao câmbio actual – em financiamento através da plataforma de "equity crowdfunding" Seedrs. Este montante foi angariado através de uma emissão de acções convertíveis junto de mais de 180 investidores, revela o comunicado.

Ao concretizar com sucesso a operação, a eSolidar tornou-se na quarta empresa portuguesa a angariar "investimento de vários investidores de todo o mundo através da Internet, conseguindo igualmente atingir a maior operação de financiamento de empresas portuguesas através do equity crowdfunding"


Marco Barbosa (na foto), líder desta start-up, mostrou-se satisfeito com o resultado da operação. E, em comunicado, defendeu que: "o objectivo agora é continuar com a expansão internacional do projecto, nomeadamente no Reino Unido e no Brasil, mas este financiamento servirá também para desenvolver ferramentas que permitam que as empresas possam potenciar o seu impacto social, envolvendo os colaboradores no processo".


Marco Barbosa, um jovem português distinguido pela Forbes

No início deste ano, Marco Barbosa, líder da eSolidar, foi distinguido pela revista Forbes como um dos jovens mais influentes na Europa na área do empreendedorismo social. Em Fevereiro, o Negócios falou com ele. E Marco Barbosa contou que quando recebeu o e-mail da Forbes, quase que o apagou. "Eu pensava que era 'spam'", contava a rir.

O conceito da eSolidar passa por encontrar novas formas de as pessoas se envolverem com as instituições de solidariedade social. "Há o mundo das instituições de solidariedade em que tudo deve ser feito por boa vontade", explicava, e depois "há o fazer dinheiro". Porque não juntar as duas coisas? Este foi o ponto de partida do projecto. Mas não foi fácil arrancar porque "há um preconceito em Portugal" em relação a juntar solidariedade com lucro. A plataforma cobra uma "pequena percentagem" sobre o que é angariado pelas instituições, que pode ir dos 2,5% a 5%. E, quando sabem disso, "muitas instituições já não querem estar connosco", admite. "Também é uma das nossas missões tentar mudar essa mentalidade."


O eSolidar permite fazer leilões solidários de artigos ou experiências, como já aconteceu com uma bola de futebol autografada por Eusébio, cujo montante reverteu a favor da Associação Nacional de Combate à Pobreza, ou um almoço com o músico David Fonseca para ajudar a Fundação do Gil. Mas a plataforma também tem uma vertente de comércio electrónico que se divide em duas partes. As lojas sociais, em que cada instituição coloca os seus produtos à venda, e o Mercado Online, onde os cibernautas podem vender objectos novos ou usados e doar uma percentagem a uma instituição social. "Quanto mais angariarmos para instituições, mais facturamos." 

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