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Jovem de 24 anos cria start-up de hotéis de 5 mil milhões de dólares em cinco anos

O financiamento anunciado na semana passada pela Oyo avalia a empresa em 5 mil milhões de dólares.

30 de Setembro de 2018 às 13:00
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Encontrar hotéis limpos e acessíveis na Índia pode ser um pesadelo para o viajante. Muitas vezes, o que parece bom na internet é, na realidade, um quarto infestado de baratas num prédio em ruínas em que a água precisa ser levada em baldes até à casa-de-banho.

 

A solução de Ritesh Agarwal é uma aplicação de reservas de quartos que promete publicidades verdadeiras e hotéis de marca que não oferecem surpresas desagradáveis. A rede que Ritesh Agarwal criou em 2013, a Oyo Hotels, já é a maior da Índia, um caótico mercado avaliado em 4,5 mil milhões de dólares, segundo a empresa de pesquisas Hotelivate, com sede em Nova Deli.

 

Agora Agarwal está a internacionalizar o seu modelo de "franchise" , que combina um site para reservas com um leque completo de serviços para pequenos hotéis que querem elevar o nível.

 

Na semana passada, a empresa anunciou a captação de mil milhões de dólares com o SoftBank Vision Fund, a Sequoia Capital e outros investidores para financiar expansões em países como a China, onde a Oyo abriu em Novembro. Na semana passada, a empresa começou a operar no Reino Unido, levando o negócio pela primeira vez para um mercado desenvolvido.

 

"Em 2023 seremos a maior rede de hotéis do mundo", disse o fundador, de 24 anos, num entrevista recente, num hotel da Oyo, nos arredores de Nova Deli, onde está localizada a sede da empresa. "Queremos converter activos falidos e sem marca em todo o mundo em espaços de melhor qualidade."

 

A Oyo emprega centenas de funcionários que trabalham a avaliar propriedades segundo 200 critérios que vão da qualidade dos colchões e dos lençóis até a temperatura da água. Para conseguir o anúncio, juntamente com uma placa vermelha brilhante da Oyo para pendurar na porta como uma espécie de selo de aprovação do serviço, a maioria dos hotéis precisa de concordar com uma reformulação que normalmente demora cerca de um mês. A Oyo fica com 25% de cada reserva. Os quartos custam de 25 a 85 dólares.

 

"A Oyo está a avançar com tudo para construir uma base bem grande de parcerias com hotéis para se tornar uma marca de confiança", disse Mrigank Gutgutia, analista da RedSeer Management Consulting. "O modelo de aplicação deles funciona bem porque os viajantes preocupados com o preço que pesquisam por endereço gostam de sentir que têm bastante opção."

 

Agarwal não revelou os números de vendas, mas disse que o número de transacções triplicou no ano passado e que 90% destas são oriundas de viajantes recorrentes - e sem investimento em publicidade. Actualmente há 10.000 hotéis em 160 cidades indianas com mais de 125.000 quartos listados no site, disse. O número representa cerca de 5% do total de quartos da Índia, segundo estimativas da RedSeer.

 

O financiamento anunciado na semana passada pela Oyo avalia a empresa em 5 mil milhões de dólares, segundo uma pessoa próxima do negócio, que pediu para não ser identificada. O número transforma a start-up na segunda mais valiosa da Índia, atrás da One97 Communications, proprietária da Paytm, uma empresa de pagamentos digitais que tem apoio financeiro da Berkshire Hathaway de Warren Buffett.

 
(Texto original: This 24-Year-Old Built a $5 Billion Hotel Startup in Five Years)

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