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Investigadores portugueses recebem mais de oito milhões de euros

No âmbito do Conselho Europeu de Investigação, seis investigadores portugueses vão receber bolsas de financiamento individuais. Os valores oscilam entre 1,1 milhões e 1,6 milhões de euros.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Setembro de 2016 às 11:46
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O Conselho Europeu de Investigação (CEI) atribuiu 325 bolsas para investigadores em início de carreira por toda a Europa, dos quais seis são portugueses. O comunicado refere que o valor das bolsas individuais atribuídas a cada investigador nacional oscila entre 1,1 milhões de euros e 1,6 milhões de euros, "perfazendo um total superior a 8,2 milhões".

Com esta verba, os cientistas nacionais poderão constituir equipas de investigação e concretizar ideias. "Os novos beneficiários portugueses trabalharão em domínios como o design computacional de novas proteínas funcionais para imunoengenharia, os limites hidrodinâmicos e flutuações de equilíbrio, a prevalência e influência do antagonismo sexual na evolução do genoma, as cartas marítimas medievais e do início da época moderna e os estudos críticos das políticas, do activismo social e da militância islâmica na região do Saara Ocidental," explica o comunicado.


Apesar dos seis investigadores terem nacionalidade portuguesa, nem todos trabalham em território nacional. Há dois cientistas que efectuam a sua investigação na Europa: uma na Áustria e outro na Suíça.

Em Portugal, Miguel Cardina, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, apresentou o trabalho "Memórias cruzadas, política e ciência: As guerras coloniais de libertação em tempos pós-coloniais".

Da investigação de Ana Patrícia Carvalho Gonçalves, da Universidade do Minho, foi criado o trabalho "Limites hidrodinâmicos e flutuações de equilíbrio: universalidade de sistemas estocásticos".

Francisco Freire, do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, apresentou o estudo "Abordagens criticas à política, activismo social e militância islâmica na região do Saara Ocidental (Mauritânia, Saara Ocidental, Marrocos do Sul).

Joaquim Gaspar, da Faculdade de ciências da Universidade de Lisboa, analisou "As Cartas náuticas da Idade Média e do início da Era Moderna: nascimento, evolução e uso".

Na Áustria, Beatriz Barahona Pena Vicoso, pelo Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria, investigou "Prevalência e influência de antagonismo sexual na evolução do genoma".


E, finalmente, na Suíça, o investigador português Bruno Correia, pela Escola Politécnica e Federal de Lausanne, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne, analisou na sua investigação "design computacional de novas proteínas funcionais para imnoengenharia"


Carlos Moedas (na foto com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia), comissário europeu que tutela a Investigação, Ciência e Inovação, salienta em comunicado que estas "bolsas de investigação do CEI permitem à União Europeia atrair jovens investigadores de talento e mantê-los na Europa".

"Com o apoio da UE, os beneficiários poderão desenvolver as suas melhores ideias, criando ao mesmo tempo emprego de qualidade neste domínio para aqueles que pretendem trabalhar na ciência de fronteira. Em última análise, estarão a contribuir para a criação do recurso mais valioso de que a Europa dispõe: o capital humano", acrescentou.

O Conselho Europeu de Investigação integra o programa comunitário destinado a apoiar a investigação e a inovação, o Horizonte 2020, e tem um orçamento de 13 mil milhões de euros.

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