Notícia
Tecmic: Mudanças tecnológicas empurram para a frente
A América do Sul é o novo centro das atenções e o crescimento do mercado brasileiro é uma apostas da Tecmic.
João Barata | O mercado português passou de pequeno a "inexistente".
Empresa Tecmic
Área de actividade Sistemas de informação electrónica
Número de colaboradores 40
Facturação em 2012 Cinco milhões de euros
Prémio Melhor Empresa Nacional
Incubação Tagus Park
As bodas de prata do casamento entre a Tecmic e Portugal foram celebradas no final do ano passado. Começou por ser a única empresa nacional a projectar circuitos electrónicos com aplicação específica. Hoje, desenvolve sistemas de informação electrónica, onde se incluem as soluções de localização por GPS, e os seus produtos estão presentes em 17 países.
"Ainda bem que a tecnologia muda muito, porque possibilita-nos dar saltos tecnológicos nos sectores de nicho em que nos especializámos", conta João Barata, presidente executivo da empresa. Este quadro está na organização há 20 anos e acredita que o facto de a maioria dos quadros ter formação superior e apostar em sistemas de valor acrescentado são características de destaque. "Reconhecem-nos capacidade tecnológica e de presença em sectores-chave", comenta.
A empresa tem apostado em investigação e desenvolvimento e mantido parcerias com unidades de investigação, como a Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Politécnico de Leiria, Universidade do Porto, entre outros.
Desde que a crise começou, a Tecmicperdeu clientes que faliram, outros têm pago com dificuldades e os melhores têm conseguido subsistir. No mercado doméstico, as vendas desceram entre 10% a 20%, mas continua a gerar resultados positivos. Até 2009, a empresa chegou a crescer 15% ao ano.
"O nosso crescimento tem sido complementado com o mercado internacional", diz João Barata, e é no Brasil que a facturação externa regista maior expressão. A empresa abriu dois escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro e planeia abrir o terceiro ainda este ano.
"Estamos a apostar na internacionalização e todo o dinheiro que geramos nesse processo é para reinvestir", diz. Em Portugal, quer manter a sustentabilidade e que o mercado permaneça rentável, apesar de algumas empresas públicas terem atrasos de três anos nos pagamentos. "Se o mercado nacional era pequeno, agora é quase inexistente."