Notícia
"A apetência das empresas é baixa"
As empresas podem ser admitidas à cotação numa fasquia mais baixa do que acontece com o mercado geral.
06 de Janeiro de 2011 às 10:30
O que é o Alternext?
O Alternext é uma solução da NYSE Euronext vocacionada para as PME, com a mesma infra-estrutura do mercado geral, mas que tem em conta exigências diferentes para empresas diferentes em termos de dimensão.
Quais são os requisitos de entrada neste mercado?
As empresas podem ser admitidas à cotação numa fasquia mais baixa do que acontece com o mercado geral. Para entrar no Alternext, uma empresa pode fazê-lo através de uma colocação privada, precisando de pelo menos três investidores qualificados, ou através de uma oferta pública inicial, dispersando acções equivalentes a um mínimo de 2,5 milhões de euros. Para além disso, as empresas são ainda obrigadas a reportar as suas contas anuais auditadas, de acordo com os parâmetros contabilísticos em vigor nos países de origem.
Porque é que as empresas portuguesas ainda não se estrearam no Alternext?
Por razões conjunturais e estruturais. Conjunturalmente, há os problemas da dívida soberana e os holofotes mediáticos que nos têm sido apontados de forma indesejável. Do ponto de vista estrutural, a apetência das empresas pelos mercados de capitais é baixa. Talvez, com as dificuldades de acesso ao crédito, as empresas venham a olhar para outras vias de financiamento. O mundo está cheio de oportunidades e, para as aproveitar, é preciso capital.
Como é que se muda este cenário?
Não existe nenhuma "silver bullet" e, apesar de normalmente ser a bolsa a entidade que dá a cara, este não é um desafio para a bolsa, mas para o próprio país, para os políticos e para as empresas. Isto, se acreditarmos que a bolsa é fundamental para o progresso.
Isto passa, por exemplo, por incentivos do Estado?
É preciso ter cuidado ao falar em incentivos, já que estamos numa altura de contenção, mas acredito que os estímulos certos terão um impacto positivo. É preciso levar as empresas a terem vontade de serem mais transparentes e investirem no seu crescimento, para que possam ser mais competitivas e sejam também geradoras de uma maior receita fiscal para o Estado. Mas, se não existirem incentivos, continuaremos a acreditar no mercado de capitais.
O Alternext é uma solução da NYSE Euronext vocacionada para as PME, com a mesma infra-estrutura do mercado geral, mas que tem em conta exigências diferentes para empresas diferentes em termos de dimensão.
Quais são os requisitos de entrada neste mercado?
As empresas podem ser admitidas à cotação numa fasquia mais baixa do que acontece com o mercado geral. Para entrar no Alternext, uma empresa pode fazê-lo através de uma colocação privada, precisando de pelo menos três investidores qualificados, ou através de uma oferta pública inicial, dispersando acções equivalentes a um mínimo de 2,5 milhões de euros. Para além disso, as empresas são ainda obrigadas a reportar as suas contas anuais auditadas, de acordo com os parâmetros contabilísticos em vigor nos países de origem.
Por razões conjunturais e estruturais. Conjunturalmente, há os problemas da dívida soberana e os holofotes mediáticos que nos têm sido apontados de forma indesejável. Do ponto de vista estrutural, a apetência das empresas pelos mercados de capitais é baixa. Talvez, com as dificuldades de acesso ao crédito, as empresas venham a olhar para outras vias de financiamento. O mundo está cheio de oportunidades e, para as aproveitar, é preciso capital.
Como é que se muda este cenário?
Não existe nenhuma "silver bullet" e, apesar de normalmente ser a bolsa a entidade que dá a cara, este não é um desafio para a bolsa, mas para o próprio país, para os políticos e para as empresas. Isto, se acreditarmos que a bolsa é fundamental para o progresso.
Isto passa, por exemplo, por incentivos do Estado?
É preciso ter cuidado ao falar em incentivos, já que estamos numa altura de contenção, mas acredito que os estímulos certos terão um impacto positivo. É preciso levar as empresas a terem vontade de serem mais transparentes e investirem no seu crescimento, para que possam ser mais competitivas e sejam também geradoras de uma maior receita fiscal para o Estado. Mas, se não existirem incentivos, continuaremos a acreditar no mercado de capitais.