Notícia
Incubar a inovação
Matrioskas, Sinepower, DOMOTIX e Purigi. O que têm em comum quatro empresas de quatro áreas diferentes? Todos precisaram de apoio para "sobreviver" aos primeiros anos de vida, seja no "design", fontes de alimentação ininterrupta, na domótica ou na remoção de pastilhas...
08 de Julho de 2010 às 16:23
Filipe Alves de Faria, Marco Leonor, João Filipe e Tiago Silva recorreram à Rede de Incubação da ANJE para (re)lançarem os seus negócios. Até conseguirem sobreviver ao mercado por sua conta e risco, é nos Centros Empresariais da ANJE que desenvolvem a sua actividade.
Matrioskas, Sinepower, DOMOTIX e Purigi. O que têm em comum quatro empresas de quatro áreas diferentes? Todos precisaram de apoio para "sobreviver" aos primeiros anos de vida, seja no "design", fontes de alimentação ininterrupta, na domótica ou na remoção de pastilhas elásticas. A ligá-los, a mesma estrutura: os centros empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
Em 1995, a ANJE criou a sua primeira infra-estrutura de incubação, o Centro Empresarial da Maia. Quinze anos depois, o resultado é expresso pelos números: nove centros distribuídos pelo país, com 135 espaços físicos para a instalação de empresas e inúmeras possibilidades de incubação virtual. A rede de centros empresariais da associação já lançou no mercado perto de 700 Pequenas e Médias Empresas (PME) e contribuiu para a criação de cerca de dois mil postos de trabalho directos.
"Ontem como hoje, os centros empresariais visam incentivar o empreendedorismo jovem e facilitar o exercício da actividade empresarial", explica Mário Genésio, membro do Conselho de Gestão da ANJE. Como? Disponibilizando espaços de incubação, apoios logísticos (secretariado, telefone, Internet, entre outros) e serviços de acompanhamento do negócio (planos de negócio, consultoria técnica, formação, entre outros).
Desta forma, os jovens empreendedores têm as condições necessárias para, com poucos recursos, converterem as suas ideias de negócio em empresas ou aumentarem a sua actividade empresarial. "Tudo isto porque o empreendedorismo é a via mais expedita para gerar investimento, estimular a procura e aumentar a confiança dos agentes económicos", adianta Mário Genésio.
Em 2009, o volume de negócios rondou os 30 milhões de euros. Actualmente, existem 129 empresas distribuídas pelas centros empresariais de Matosinhos, Maia, Trofa, Barcelos, Aveiro, Lisboa e Vale do Tejo, Faro, Porto e Portugal Global (Porto).
Desenvolver a economia local
Os Centros Empresariais da ANJE destinam-se a empreendedores entre os 18 e os 40 anos, que pretendam iniciar ou dar continuidade à sua actividade empresarial. O empresário tipo desta rede de incubação tem qualificações de nível superior, 32 anos e recorre a este apoio infra-estrutural para lançar o seu primeiro negócio. Regra geral é uma microempresa, com dois a três colaboradores, que permanece incubada durante os primeiros dois a três anos de actividade. Depois, cresce e já reúne condições para investir em instalações próprias.
Os projectos suportados pela ANJE empregam, actualmente, 349 profissionais de várias áreas. As novas tecnologias de informação, comunicação e electrónica são uma aposta crescente da associação que, através da incubadora tecnológica Portugal Global, oferece aos empreendedores um ecossistema favorável ao desenvolvimento destes projectos de negócio.
Apesar de a ANJE estar associada ao núcleo de negócios tecnológicos, as suas incubadoras reúnem empresas de serviços, que vão do sector da formação à consultoria, passando pela comunicação, "marketing", publicidade, "design", arquitectura, turismo ou saúde. Os negócios industriais também estão representados. Só no Centro Empresarial de Aveiro há 12 pavilhões especialmente preparados para acolher esta tipologia de empresas.
Actualmente, os objectivos da associação visam complementar esta estratégia com projectos de incubação social, capazes de reforçar o papel do empreendedorismo enquanto agente dinamizador da economia, facilitando a integração sócio-profissional. "O carácter multi-sectorial e simultaneamente regional da rede de centros empresariais da associação transforma as infra-estruturas de acolhimento de empresas em pólos de lançamento de PME, potenciadores do desenvolvimento económico local", diz Mário Genésio.
Nos centros empresariais, os requisitos variam em função das estratégias locais ou regionais (definidas com os parceiros locais, designadamente as autarquias) e, nos pólos sectoriais (como o Portugal Global) variam de acordo com a lógica própria da fileira em causa.
A acção da ANJE não se esgota na incubação tradicional. A associação também agrega a incubação virtual, apoiando empresas cujas actividades não exigem ou justificam o investimento em infra-estruturas. É o caso da Purigi, de Tiago Silva, empresa que presta serviços de limpeza industrial e comercializa equipamentos para o mesmo efeito. Nestes casos, os nove centros empresariais da ANJE servem de base física de negócios, funcionam como sede social e também como ponto de encontro entre empresário, clientes e parceiros, através da utilização dos serviços de secretariado e de espaços comuns, como as salas de reuniões.
A Rede de Incubação da ANJE distingue-se das incubadoras universitárias "pelo 'know-how' acumulado e pela proximidade com o meio empresarial". Segundo Mário Genésio, os centros empresariais têm para oferecer muito mais do que as condições logísticas adequadas à instalação de negócios nascentes promovidos por jovens. "Além das naturais sinergias entre os projectos incubados, a ANJE e os seus consultores reúnem condições para, sempre que necessário, acompanharem tecnicamente o desenvolvimento das empresas."
Este acompanhamento traduz-se na organização de eventos empresariais, realização de acções de formação, no desenvolvimento de "networking" global, detecção de oportunidades de investimento, promoção de parcerias com outras empresas, estabelecimento de protocolos com entidades oficiais promotoras do empreendedorismo, na preparação de candidaturas a sistemas de apoio financeiro ou na divulgação de informação de interesse para o "core business" .
Portugal Empreendedor
Até 31 de Julho, a ANJE recebe candidaturas para os Prémios Portugal Empreendedor. O objectivo é o de distinguir a opção estratégica dos jovens que instalam os seus negócios em centros de incubação e promover o seu sucesso.
Além de premiar ideias de negócio promissoras, o novo galardão tem um concurso que se destina exclusivamente à incubação, no qual será laureada a empresa que mais se tenha evidenciado durante os primeiros três anos de actividade e cujo plano de negócios revele mais potencialidades de crescimento.
Com a iniciativa, a associação pretende homenagear os resultados do trabalho levado a cabo por incubadoras, centros empresariais e ninhos de empresas que colocam à disposição das "start-ups" uma série de valências propícias ao seu desenvolvimento.
COMO CONCORRER
1. Tenha uma ideia inovadora
A Rede destina-se a jovens empreendedores entre os 18 e os 40 anos. Regra geral, é dada preferência a jovens licenciados ou com formação profissional especializada, cujas ideias de negócio ou empresas tenham uma forte componente de criatividade, inovação e diferenciação, viabilidade económica, capacidade para criar postos de trabalho e potencial para gerar sinergias com os restantes projectos incubados.
2. Preencha o formulário
A candidatura aos Centros Empresariais da ANJE é efectuada através do preenchimento de um formulário, onde o promotor se apresenta e descreve o seu projecto empresarial. Este pode ser requisitado em qualquer centro, na sede da ANJE, nos núcleos regionais da associação ou pode ser descarregado no sítio.
3. Entregue-o no Centro
Depois de devidamente preenchido, o formulário deve ser entregue no Centro Empresarial a que se refere a candidatura ou na sede nacional. A recepção e análise da candidatura dão realizadas por uma Comissão Técnica, que posteriormente fará uma entrevista ao promotor. Depois de aprovada, é celebrado um contrato entre a ANJE e o promotor.
Matrioskas, Sinepower, DOMOTIX e Purigi. O que têm em comum quatro empresas de quatro áreas diferentes? Todos precisaram de apoio para "sobreviver" aos primeiros anos de vida, seja no "design", fontes de alimentação ininterrupta, na domótica ou na remoção de pastilhas elásticas. A ligá-los, a mesma estrutura: os centros empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
"Ontem como hoje, os centros empresariais visam incentivar o empreendedorismo jovem e facilitar o exercício da actividade empresarial", explica Mário Genésio, membro do Conselho de Gestão da ANJE. Como? Disponibilizando espaços de incubação, apoios logísticos (secretariado, telefone, Internet, entre outros) e serviços de acompanhamento do negócio (planos de negócio, consultoria técnica, formação, entre outros).
Desta forma, os jovens empreendedores têm as condições necessárias para, com poucos recursos, converterem as suas ideias de negócio em empresas ou aumentarem a sua actividade empresarial. "Tudo isto porque o empreendedorismo é a via mais expedita para gerar investimento, estimular a procura e aumentar a confiança dos agentes económicos", adianta Mário Genésio.
Em 2009, o volume de negócios rondou os 30 milhões de euros. Actualmente, existem 129 empresas distribuídas pelas centros empresariais de Matosinhos, Maia, Trofa, Barcelos, Aveiro, Lisboa e Vale do Tejo, Faro, Porto e Portugal Global (Porto).
Desenvolver a economia local
Os Centros Empresariais da ANJE destinam-se a empreendedores entre os 18 e os 40 anos, que pretendam iniciar ou dar continuidade à sua actividade empresarial. O empresário tipo desta rede de incubação tem qualificações de nível superior, 32 anos e recorre a este apoio infra-estrutural para lançar o seu primeiro negócio. Regra geral é uma microempresa, com dois a três colaboradores, que permanece incubada durante os primeiros dois a três anos de actividade. Depois, cresce e já reúne condições para investir em instalações próprias.
Os projectos suportados pela ANJE empregam, actualmente, 349 profissionais de várias áreas. As novas tecnologias de informação, comunicação e electrónica são uma aposta crescente da associação que, através da incubadora tecnológica Portugal Global, oferece aos empreendedores um ecossistema favorável ao desenvolvimento destes projectos de negócio.
Apesar de a ANJE estar associada ao núcleo de negócios tecnológicos, as suas incubadoras reúnem empresas de serviços, que vão do sector da formação à consultoria, passando pela comunicação, "marketing", publicidade, "design", arquitectura, turismo ou saúde. Os negócios industriais também estão representados. Só no Centro Empresarial de Aveiro há 12 pavilhões especialmente preparados para acolher esta tipologia de empresas.
Actualmente, os objectivos da associação visam complementar esta estratégia com projectos de incubação social, capazes de reforçar o papel do empreendedorismo enquanto agente dinamizador da economia, facilitando a integração sócio-profissional. "O carácter multi-sectorial e simultaneamente regional da rede de centros empresariais da associação transforma as infra-estruturas de acolhimento de empresas em pólos de lançamento de PME, potenciadores do desenvolvimento económico local", diz Mário Genésio.
Nos centros empresariais, os requisitos variam em função das estratégias locais ou regionais (definidas com os parceiros locais, designadamente as autarquias) e, nos pólos sectoriais (como o Portugal Global) variam de acordo com a lógica própria da fileira em causa.
A acção da ANJE não se esgota na incubação tradicional. A associação também agrega a incubação virtual, apoiando empresas cujas actividades não exigem ou justificam o investimento em infra-estruturas. É o caso da Purigi, de Tiago Silva, empresa que presta serviços de limpeza industrial e comercializa equipamentos para o mesmo efeito. Nestes casos, os nove centros empresariais da ANJE servem de base física de negócios, funcionam como sede social e também como ponto de encontro entre empresário, clientes e parceiros, através da utilização dos serviços de secretariado e de espaços comuns, como as salas de reuniões.
A Rede de Incubação da ANJE distingue-se das incubadoras universitárias "pelo 'know-how' acumulado e pela proximidade com o meio empresarial". Segundo Mário Genésio, os centros empresariais têm para oferecer muito mais do que as condições logísticas adequadas à instalação de negócios nascentes promovidos por jovens. "Além das naturais sinergias entre os projectos incubados, a ANJE e os seus consultores reúnem condições para, sempre que necessário, acompanharem tecnicamente o desenvolvimento das empresas."
Este acompanhamento traduz-se na organização de eventos empresariais, realização de acções de formação, no desenvolvimento de "networking" global, detecção de oportunidades de investimento, promoção de parcerias com outras empresas, estabelecimento de protocolos com entidades oficiais promotoras do empreendedorismo, na preparação de candidaturas a sistemas de apoio financeiro ou na divulgação de informação de interesse para o "core business" .
Portugal Empreendedor
Até 31 de Julho, a ANJE recebe candidaturas para os Prémios Portugal Empreendedor. O objectivo é o de distinguir a opção estratégica dos jovens que instalam os seus negócios em centros de incubação e promover o seu sucesso.
Além de premiar ideias de negócio promissoras, o novo galardão tem um concurso que se destina exclusivamente à incubação, no qual será laureada a empresa que mais se tenha evidenciado durante os primeiros três anos de actividade e cujo plano de negócios revele mais potencialidades de crescimento.
Com a iniciativa, a associação pretende homenagear os resultados do trabalho levado a cabo por incubadoras, centros empresariais e ninhos de empresas que colocam à disposição das "start-ups" uma série de valências propícias ao seu desenvolvimento.
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COMO CONCORRER
1. Tenha uma ideia inovadora
A Rede destina-se a jovens empreendedores entre os 18 e os 40 anos. Regra geral, é dada preferência a jovens licenciados ou com formação profissional especializada, cujas ideias de negócio ou empresas tenham uma forte componente de criatividade, inovação e diferenciação, viabilidade económica, capacidade para criar postos de trabalho e potencial para gerar sinergias com os restantes projectos incubados.
2. Preencha o formulário
A candidatura aos Centros Empresariais da ANJE é efectuada através do preenchimento de um formulário, onde o promotor se apresenta e descreve o seu projecto empresarial. Este pode ser requisitado em qualquer centro, na sede da ANJE, nos núcleos regionais da associação ou pode ser descarregado no sítio.
3. Entregue-o no Centro
Depois de devidamente preenchido, o formulário deve ser entregue no Centro Empresarial a que se refere a candidatura ou na sede nacional. A recepção e análise da candidatura dão realizadas por uma Comissão Técnica, que posteriormente fará uma entrevista ao promotor. Depois de aprovada, é celebrado um contrato entre a ANJE e o promotor.