Ganhar competências de gestão e direcção. Era este o objectivo de Miguel Matias, quando se inscreveu no Executive MBA da AESE. "A minha formação base é de Informática e a minha carreira na consultoria permitiu-me crescer bastante nas competências técnicas e no sector da Energia, mas menos nas de Gestão Integrada", explica. Na altura, era administrador executivo da Galp eNova, com os pelouros de eBusiness e Inovação. Também já tinha sido nomeado administrador executivo de outras empresas do grupo. Foi aí que percebeu que as suas competências técnicas não eram suficientes para a responsabilidade de gestão que detinha.
Inscreveu-se no Executive MBA da AESE, teve uma ideia de negócio e dois anos depois, era CEO da Self Energy, a primeira empresa de serviços de energia portuguesa criada para que a energia seja produzida por cada indivíduo, com menos custos. "A ideia partiu da experiência que fui tendo noutros sectores e numa tendência global para o conceito "self", ou seja, de cada pessoa ou empresa querer ter autonomia e poder de decisão sobre como e quando utilizar um determinado serviço.". É o que acontece na banca com o "self banking", na informática com o "self computer" ou nas telecomunicações com o "self phone". Ao ser a primeira empresa portuguesa deste tipo, quer liderar o sector. "E o que é interessante é que estes serviços tanto se aplicam nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, que poderão montar as suas infra-estruturas já com este novo paradigma. É o que já estamos a fazer em
Moçambique."
Numa aula no IESE de
Barcelona, o professor disse aos alunos que se após dois anos, a ideia de negócio se mantiver viva e oportuna, então o melhor é implementá-la ou poderão passar a vida a pensar que o poderiam ter feito e não o fizeram. Não esqueceu. Esperou esse tempo, a ideia ganhou mais sentido e saiu da Galp Energia para a implementar. A formação foi "essencial" para lhe dar confiança, pois enfrentaram todo o tipo de problemas que um gestor se depara, dos Recursos Humanos às Operações. E em todos os casos fizeram o papel do líder. Hoje, depara-se com situações semelhantes no dia-a-dia. A experiência ajudou-o a estar mais confiante na decisão, tendo sempre a noção de que nada se repete. A Self Energy nasceu no âmbito da criação de um projecto de negócio, necessário à conclusão do seu MBA. Em Dezembro de 2007, a Naves SCR, fundo de capital de risco ligado à AESE, tornou-se sócia da Self Energy.