Notícia
Teresa Gouveia defende que líder do PSD deve resultar de congresso
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Patrício Gouveia, defende que a eleição do presidente do PSD sem ser em congresso não garante uma escolha democrática, aumenta o risco de instabilidade no partido e reforça os argumentos de quem defende eleiçõe
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Patrício Gouveia, defende que a eleição do presidente do PSD sem ser em congresso não garante uma escolha democrática, aumenta o risco de instabilidade no partido e reforça os argumentos de quem defende eleições antecipadas, noticiou hoje o jornal «Público».
«Sem congresso será difícil ultrapassar as divisões dentro do partido. Um congresso é, por isso, a única forma de garantir que uma nova direcção tem autoridade e gozará de estabilidade, pois a sua legitimidade será inatacável», disse a ministra ao «Público».
Em dia de conselho nacional do PSD, do qual Teresa Gouveia faz parte, a ministra diz: «sem congresso o risco de instabilidade é muito grande, o que reforça os argumentos daqueles que defendem eleições antecipadas e diminui a força dos que sustentam que uma solução de continuidade é a única forma de garantir a estabilidade».
Teresa Gouveia considera que se está perante «um momento excepcional e atípico que exige que a decisão do PSD seja tomada com muita ponderação, o que só é possível realizando um Congresso».
«Não defendo a realização de eleições antecipadas, mas entendo que só um congresso do PSD permite às bases e aos militantes escolherem um líder em condições democráticas e livres», diz Teresa Gouveia, que hoje não irá à reunião do conselho nacional, que deverá eleger Santana Lopes presidente do PSD, porque considera que se estará perante «um facto consumado».
A ministra acrescenta que «num congresso poderiam surgir outras alternativas para além de Pedro Santana Lopes e isso é que é importante em democracia: que se julgue em função da existência de alternativas».
O conselho nacional do PSD reúne-se hoje, às 15h, em Lisboa.