O trabalho sobre as disparidades de vencimentos nas empresas cotadas na bolsa portuguesa, da autoria de cinco jornalistas do Negócios, foi premiado na edição deste ano dos Euronext Lisbon Awards.

O galardão, na categoria de Melhor Artigo de Mercados Financeiros, foi atribuído esta quarta-feira, 24 de Maio, no Porto. 

O trabalho premiado, assinado por Rui Barroso, Patrícia Abreu, Paulo Moutinho, Elisabete Miranda e Catarina Almeida Pereira, foi publicado a 27 de Maio de 2016, faz esta semana um ano.

Uma das conclusões apontava para uma maior generosidade das cotadas do PSI-20 para com os seus administradores homens, em relação às mulheres com cargos no "board" das empresas.

A disparidade era, em média, de menos cerca de 30% em relação aos homens. E, embora houvesse casos de cotadas que remuneravam melhor as mulheres que os homens, esses eram casos raros - apenas quatro empresas.

Por outro lado, só um terço das cotadas no principal índice bolsista nacional cumpria as quotas de mais de 20% de membros do sexo feminino nos cargos de administração. 

Outra disparidade apontava para ser necessário que um colaborador de uma cotada tivesse de trabalhar 25 anos em média para ter um salário de CEO.

As notícias que integravam o trabalho premiado podem ser lidas aqui:

Gestoras da bolsa ganham menos 30% do que os homens

Um terço do PSI-20 cumpre as quotas na administração

25 anos de trabalho para ter um salário de CEO

Será que os CEO merecem os milhões que ganham?

Custos das administrações crescem três vezes mais do que os com pessoal

Quanto ganham os CEO do PSI-20