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Venda da Media Capital pela Prisa não obriga a lançar OPA

A venda da participação de quase 65% do grupo espanhol na dona da TVI não implicará o lançamento de uma OPA por qualquer dos compradores, dado que nenhum ficará com uma posição dominante.

Sara Matos/Negócios
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A venda da totalidade da participação da Prisa, correspondente a 64,47%, na Media Capital não implicará o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) uma vez que nenhum dos novos investidores na dona da TVI ficará com uma posição dominante, informa esta sexta-feira a Media Capital.

Em comunicado enviado à CMVM, a dona da TVI e da Rádio Comercial assinala que a Prisa indicou que "a dispersão das ações da Sociedade junto dos novos investidores não resultará num novo domínio sobre a Media Capital por parte destes novos investidores, na medida em que, tanto quanto é do seu conhecimento, não existirá nova influência dominante em substituição do domínio da Prisa".

A empresa refere também que "os contratos-promessa com os diversos investidores agora celebrados, não alteram a participação detida pela Pluris Investments, S.A. [de Mário Ferreira] na Media Capital (30,22%) não existindo, portanto, no entendimento da Prisa, qualquer influência dominante em substituição do controlo da Prisa".

O grupo espanhol informou horas antes que tinha celebrado contratos-promessa com "diversos investidores" para a alienação da totalidade da sua participação na Media Capital por um montante global de 36,85 milhões de euros, o que avalia a empresa em 150 milhões de euros. 

Segundo a Prisa, este valor é um prémio de 63% face ao preço oferecido pela Cofina, dona do Negócios, CMTV, Correio da Manhã, Sábado e Record, na OPA. A Cofina reformulou a oferta sobre a Media Capital, tendo oferecido uma contrapartida de 0,415 euros por cada ação da Media Capital, o que pressupunha que a Prisa receberia pela sua participação pouco mais de 20 milhões se vendesse na OPA.

A contrapartida da Cofina não difere muito do valor que Mário Ferreira pagou pelos 30% que detém na Media Capital. Em maio, o dono da Douro Azul anunciou a aquisição de 25.539.883 títulos por um total de 10,5 milhões de euros, o que representa 41,1 cêntimos por ação.

O preço agora acordado implicará o registo de uma menos valia contabilística de 48,5 milhões nas contas da Prisa.

Acordo entre Prisa e Mário Ferreira revogado

Ao final da tarde de sexta-feira, a Media Capital comunicou à CMVM ter recebido a indicação que o acordo parassocial entre a Pluris, de Mário Ferreira, e a Vertix, filial da Prisa que detinha a participação na dona da TVI, foi revogado.

A Media Capital refere que o acordo, celebrado a 14 de maio, foi revogado por acordo de ambas as partes e "produz
efeitos imediatos, na sequência dos acordos com vista à alienação das participações sociais detidas pela Vertix, SGPS, S.A. comunicados nesta data ao mercado". 

Um dos pontos do acordo parassocial estipulava que haveria um período de "lock-up", até 31 de dezembro deste ano, durante o qual nenhuma das partes poderia vender quaisquer ações da Media Capital a terceiros.

(Notícia atualizada às 21:10 com mais informação)


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