A “Rumo”, que se publica no mercado angolano, vai fechar as portas. A revista, que resulta de uma parceria entre o grupo Impresa, de Pinto Balsemão, e os angolanos da Finicapital, uma participada da Interoceânico, com quotas de 30% e 70% respectivamente.

Em comunicado, a Media Rumo explica assim o encerramento da publicação: “em determinadas situações, o sucesso editorial dos projectos não significa a sua continuidade e os processos de realinhamento estratégico impõem que alguns projectos sejam descontinuados. É, portanto, com um sentimento de tristeza, mas acima de tudo de dever cumprido, que gostaríamos de agradecer aos nossos leitores, que deram à Rumo a posição de relevância que alcançou; aos nossos anunciantes, que acreditaram no projecto; aos nossos accionistas, que colocaram todos os meios à disposição para a concretização deste projecto; e, finalmente, à nossa equipa que, mês após mês, se entregou de corpo e alma à publicação de mais um número da Rumo.”

O último número da revista, o 13º, que agora está nas bancas é dedicado ao talento. A Finicapital está ligada ao grupo angolano Interoceânico, liderado pelo gestor Carlos Silva, que tem também uma participação de 2% no Millennium BCP.

Nos últimos tempos, sabe o Negócios, era visível junto de certos círculos do poder angolano algum desconforto pela forma como o semanário “Expresso”, também do grupo de Pinto Balsemão, tem noticiado as investigações da Justiça portuguesa a altas figuras daquele país, nomeadamente ao vice-presidente da República, Manuel Vicente e ao chefe da Casa Militar de José Edurado dos Santos, general ‘Kopelipa’.