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Rebranding pode pôr em causa confiança no Montepio

A alteração do nome do Montepio pode diminuir a confiança dos clientes na instituição financeira. Uma sondagem da Aximage conclui que quase metade dos inquiridos com conta no banco considera que teria efeitos negativos.

Bruno Simão
21 de Abril de 2017 às 07:15
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A eventual alteração do nome do Montepio pode pôr em causa a confiança dos actuais clientes do banco, de acordo com uma sondagem realizada pela Aximage para a Cofina.
Quase metade dos inquiridos (49,8%) com conta no Montepio considera que o "rebranding" levaria a uma diminuição da confiança dos clientes, ao passo que 16,1% responderam que iria aumentar.

Já 29,3% acredita que não vai ter qualquer impacto e 4,8% não tem opinião sobre a mudança de marca sugerida pelo Banco de Portugal, tal como Félix Morgado, presidente da Caixa Económica Montepio Geral, revelou em entrevista ao Negócios.

Esta alteração, contudo, não é bem vista pela Associação Mutualista Montepio Geral, única dona da instituição, que já assumiu que pretende chumbar a mudança.

Tendo em conta o total de inquiridos, com ou sem conta no Montepio, a percentagem que considera que o "rebranding " iria baixar o nível de confiança diminui para 36,9%, enquanto que 32,6% é da opinião que não iria ter qualquer repercussão.

A sondagem realizada pela Aximage revela ainda que 18,7% do total dos consumidores que participaram no inquérito acham que a mudança de nome iria aumentar a confiança dos clientes e 11,8% não tem opinião.

No que toca à criação de uma nova marca para a Associação Mutualista Montepio Geral, 39,4% acha que iria ter efeitos negativos e apenas 16% acredita que iria melhorar a confiança dos associados. Por seu lado, 27,5% entendem que não terá qualquer efeito e 17,1% não tem opinião.

Analisando só as respostas do inquiridos com contas no Montepio, 14% do total da amostra, a possível quebra de confiança com a alteração do nome da Associação Mutualista ganha ainda mais peso: 54,55% referem que irá diminuir, enquanto 5,8% acreditam que irá aumentar. Já 31,1 % dizem que não terá impacto.

A recomendação do Banco de Portugal para separar as marcas faz parte do plano do supervisor para salvaguardar a instituição de eventuais problemas nas aplicações financeiras da Associação Mutualista Montepio. E apesar da mutualista ter ameaçado chumbar a mudança, que ainda tem de ser aprovada em assembleia-geral, a Caixa Económica está confiante que o processo irá avançar. Até porque, como referiu Félix Morgado, "para a administração, uma orientação do regulador tem que ser cumprida".

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