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Portugueses pretendem gastar 164 euros nos saldos e promoções

De ano para ano, o número de portugueses que guarda as compras para a época de promoções ou saldos está a aumentar, apesar de a maioria dos consumidores não perceber qual é a diferença. As conclusões são do estudo do IPAM.

Bruno Simão/Negócios
26 de Julho de 2016 às 19:30
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De ano para ano, o número de portugueses que guarda as compras para a época de promoções ou saldos está a aumentar, apesar de a maioria dos consumidores não perceber qual é a diferença. As conclusões são do estudo do IPAM relativo às compras de Verão.

Na edição deste ano, 98% dos inquiridos referiu que prefere efectuar compras em saldos e promoções. Um número superior aos 95% registados em 2015 e aos 77% em 2014.

Os preços apelativos são o principal motivos apontado pela maioria dos consumidores (89%). Apenas 1% dos inquiridos afirmou que não faz compras em saldos ou promoções por considerarem que os produtos não têm a mesma qualidade e a oferta de produtos não ser atractiva, explicou Mafalda Ferreira, docente do IPAM e especialista em Ciências do Consumo.

No que toca a valores, em média, os portugueses pretendem gastar 164 euros, sendo o valor mínimo 10 euros e o máximo 1.100 euros. Números que são bastante díspares, mas em alguns casos são explicados pelo facto dos consumidores encontrarem produtos a preços que consideram bastante apelativos e comprarem logo mais unidades, para o ano seguinte por exemplo, sustenta a especialista.

Questionados sobre os produtos que mais compram, os items que ocupam o pódio são roupa e sapatos. Seguem-se os livros e objectos de decoração. Já os dispositivos electrónicos, que chegaram a estar nos lugares cimeiros, agora estão no fim da lista. Este ano apenas 4% dos inquiridos afirma que pretende comprar jogos electrónicos.

Outra das conclusões dos estudo sublinhadas pela docente do IPAM prende-se com 60% dos inquiridos não saber qual é a diferença entre saldos e promoções. Com a nova lei dos saldos que entrou em vigor a 1 de Março de 2015, as lojas podem saldar "stocks" em qualquer altura do ano, devendo somente avisar com antecedência a ASAE (inspecção económica).
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