De acordo com o relatório e contas da empresa detida maioritariamente pelo Estado relativo a 2016, o resultado alcançado, que compara os 1,006 milhões de euros registados em 2015 (mais 112,2%), resulta do "efeito conjugado entre os aumentos decorrentes do benefício resultante da adesão ao PERES e o valor da IC [Indemnização Compensatória] e o aumento dos gastos com o pessoal".

A agência Lusa recorreu em Dezembro ao PERES, o que lhe "permitiu um benefício de 1.043.021 euros", devido a um "perdão parcial de juros".

A adesão ao PERES implicou, por sua vez, um aumento de 2,6 milhões de euros em dívida a pagar ao Estado em 36 prestações.

As receitas totais atingiram os 16,7 milhões de euros, sendo que a grande fatia (12,9 milhões de euros sem IVA) se refere à indemnização compensatória paga pelo Estado, cerca de dois milhões acima do valor de 2015.

As receitas próprias registaram uma diminuição de 275 mil euros (6,6%), "fruto da continuação da instabilidade económica no sector da comunicação social, que não foi totalmente compensada pelo acréscimo de novos clientes de outros sectores de actividade económica", lê-se no documento.

De acordo com o relatório, a agência Lusa contava no final de 2016 com um total de 258 trabalhadores (dos quais 183 são jornalistas).

O Conselho de Administração da agência Lusa propõe para aplicação dos resultados obtidos em 2016 que 2.027.817 euros sejam transferidos para "resultados transitados" e 106.727 para "reservas legais".