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Paulo Lima de Carvalho deixa administração da Global Media

A saída de Paulo Lima de Carvalho da administração do GMG é já a quarta no espaço de um mês, na sequência das saídas do administrador executivo Diogo Agostinho e do administrador não executivo Carlos Beja, em dezembro, bem como da demissão de administrador não executivo Victor Menezes já neste mês de janeiro.

Neste momento, um fundo com sede no paraíso fiscal das Bahamas controla a Global Media Group.
Alexandre Azevedo
18 de Janeiro de 2024 às 23:11
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O administrador do Global Media Group (GMG) Paulo Lima de Carvalho deixou hoje o conselho de administração e a comissão executiva, denunciando a "asfixia financeira" e o incumprimento de promessas que inviabilizam as condições para continuar no grupo.

"Como é notório e público, não só as condições mínimas necessárias à implementação dos projetos para os quais fui incumbido não estão a ser minimamente asseguradas, como ocorre, ao invés, uma total ausência de investimentos, que estão a provocar uma permanente situação de asfixia financeira, onde nem sequer nos é possível assegurar os compromissos já existentes, designadamente remunerações, quanto mais desenvolver qualquer tipo de projetos", refere.

Segundo a carta de renúncia enviada ao presidente do conselho de administração, Marco Galinha, e ao presidente da comissão executiva, José Paulo Fafe, o agora ex-administrador sublinha também que o incumprimento das obrigações contratuais para com os trabalhadores dos diversos meios de comunicação do GMG deu-lhe uma "elevadíssima exposição negativa", defendendo ser "totalmente alheio" às responsabilidades pela crise no grupo.

"Atendendo a que não estão asseguradas as mínimas condições para o desempenho do cargo, porque não estão cumpridas as promessas que me foram feitas e que estiveram na base da aceitação do mesmo, venho, pela presente, apresentar a minha renúncia, com justa causa, ao cargo de administrador e membro da comissão executiva", acrescenta Paulo Lima de Carvalho na carta a que a Lusa teve acesso.

Entre os compromissos que foram estabelecidos para a sua entrada para a administração, Paulo Lima de Carvalho enumera as promessas de um "forte investimento" para o desenvolvimento das áreas de recursos humanos, tecnologia e inovação, além de uma estratégia empresarial que passava pelo crescimento do GMG através de aquisições e com uma perspetiva de internacionalização para o espaço lusófono.

"Não obstante o convite que me foi feito e a aceitação do mesmo, teve por base garantias, condições e pressupostos que, manifestamente, não se verificam", resumiu.

A saída de Paulo Lima de Carvalho da administração do GMG é já a quarta no espaço de um mês, na sequência das saídas do administrador executivo Diogo Agostinho e do administrador não executivo Carlos Beja, em dezembro, bem como da demissão de administrador não executivo Victor Menezes já neste mês de janeiro.
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