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Lucros da Impresa crescem 82,4% até Junho

A dona da SIC fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 1,2 milhões de euros. A redução dos custos operacionais em 5,1% compensou a queda de 6,3% das receitas totais.

DR
27 de Julho de 2016 às 16:44
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A Impresa teve lucros de 1,2 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma melhoria de 82,4% face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o comunicado emitido à CMVM esta quarta-feira, 27 de Julho.

As receitas do grupo de media, dono da SIC e do Expresso, caíram 6,3% para 104 milhões de euros, "originadas pela redução das receitas de subscrição e multimédia na área da televisão, e de circulação e de publicidade na área do publishing".

Esta queda foi compensada pela redução dos custos operacionais em 5,1% para 96 milhões de euros. Esta redução "foi beneficiada pelas quedas registadas nas rubricas referentes a pessoal, grelha, distribuição de canais e dos custos relacionadas com a actividade de multimédia", lê-se no mesmo comunicado. Sem os custos de reestruturação esta rubrica teria registado um recuo de 5,9%.

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) decresceu 17,4% para 8,4 milhões de euros. A margem EBITDA também caiu de 9,2% para 8,1% no final de Junho.

O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão (na foto) destaca ainda a redução da dívida líquida em 2% para 196,6 milhões de euros.

No segmento televisivo, durante o primeiro semestre a dona da SIC registou proveitos de 80 milhões de euros, o que representa uma queda de 4%, isto apesar do aumento da publicidade em 3,4% para 47,4 milhões de euros. O Euro 2016, o Rock in Rio e uma melhoria das audiências impulsionaram o investimento publicitário.

As receitas da área de televisão foram penalizadas pela queda dos proveitos das rubricas subscrição de canais e multimédia.

No total, os oito canais da SIC geraram 21,8 milhões de euros de proveitos em subscrições. Um valor que corresponde a uma queda 13,7% explicada pela "celebração de novos contratos de distribuição", como com a Meo , "à descida do número de subscritores estrangeiros, particularmente em Angola" e "à desvalorização do dólar norte-americano".

Já as receitas multimédia, onde estão incluídas as chamadas de valor acrescentado, encolheram 14,7% para 8,4 milhões de euros "como consequência da descontinuação de alguns programas". A SIC decidiu acabar com o programa de domingo à tarde "Portugal em Festa" a partir do dia 1 de Maio deste ano.

Na área de publishing, braço do grupo que agrupa títulos como o Expressa, Visão ou Blitz, as receitas diminuíram 12,3% para 23,9 milhões de euros.

A queda da publicidade (-16,1%) para 10,6 milhões de euros e da circulação (7,5%) para 11,2 milhões de euros explicam esta performance.

A Impresa detalha que as maiores descidas dos proveitos de circulação no segundo trimestre do ano foram sentidas no segmento "lifestyle", nas publicações das áreas de sociedade, feminina e televisão.

"Esta descida que foi atenuada, em parte, pela subida de 14,4% nas receitas com assinaturas em papel e digital no segundo trimestre", sublinha o grupo.

No primeiro semestre deste ano as receitas digitais, de publicidade e circulação, representaram 9,3% do total do volume de negócios da Impresa.

Francisco Pedro Balsemão sublinha que "o terceiro trimestre será um novo desafio, mas estamos confiantes que terminaremos o ano de 2016 a consolidar os nossos resultados e a continuar a apresentar lucros".

No que toca aos resultados apresentados esta quarta-feira, destaca que "conseguimos regressar aos lucros no segundo trimestre de 2016. Estamos num caminho sólido e sustentado: os resultados líquidos cresceram 82,4% relativamente ao primeiro semestre de 2015 e continuamos a reduzir a nossa dívida. Mantemos, como é habitual, o controlo apertado dos nossos custos".

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