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Lucros da Cofina caem 31,4% para 2,2 milhões entre janeiro e junho

O grupo de media também viu as receitas operacionais recuarem ligeiramente. O agravamento dos resultados financeiros negativos deve-se sobretudo ao aumento das taxas de juro.

O CaixaBI recomenda “reduzir” na Cofina, depois do “impressionante” rally de 80% registado em 2017 ter deixado a acção sem potencial de valorização. O banco diz que a “baixa visibilidade” da evolução do negócio é o principal ponto fraco da empresa, pelo que a perspectiva para a evolução das receitas é “cautelosa”.
Miguel Baltazar/Negócios
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 27 de Julho de 2023 às 20:40

A Cofina obteve lucros 2,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que corresponde a um recuo de 31,4% face aos 3,3 milhões do período homólogo do ano passado, informou esta quinta-feira a dona do Negócios, Correio da Manhã, CMTV, Record e Sábado.

 

As receitas totalizaram 36,9 milhões de euros, um decréscimo de 1,7% face ao primeiro semestre de 2022, tendo as receitas de publicidade crescido 9,2% e as de circulação caído 8,7%, ao passo que as outras receitas operacionais recuaram 6,7%.

Os custos operacionais registaram um ligeiro aumento de 0,1%, atingindo 31 milhões de euros. Neste período, o EBITDA atingiu 5,9 milhões, representando uma diminuição de 10,3% face ao primeiro semestre de 2022. Já o EBIT diminuiu 9,7% para 4,3 milhões.

 

Por seu lado, os resultados financeiros do primeiro semestre foram negativos em 900 mil euros, o que compara com os resultados financeiros negativos do período homólogo de 500 mil euros.

 

"A variação nos resultados financeiros é explicada, essencialmente, pela variação da taxa de juro – que tem vindo a aumentar nos últimos tempos", refere a empresa no comunicado das contas divulgado junto da CMVM.

 

A 30 de junho, a dívida líquida nominal da Cofina era de 27,5 milhões de euros (sendo o contributo da Cofina Media, subsidiária do Grupo Cofina, no montante de 31,2 milhões), o que corresponde a uma redução de 4,1 milhões relativamente à dívida líquida nominal registada a 30 de junho de 2022. A 31 de dezembro de 2022 a dívida nominal líquida era de 25,6 milhões.

 

Neste relatório e contas, a gestão do Grupo Cofina sublinha que "continuará a procurar oportunidades de evolução que permitam consolidar a sólida performance financeira que tem apresentado ao longo da sua existência".

 

Processo arbitral com a Prisa deve ficar resolvido até junho de 2024

 

A Cofina refere também que, "em relação ao processo arbitral que foi intentado pela Promotora de Informaciones (Prisa) a 15 de abril de 2020, a demandar a Cofina SGPS no contexto de venda daquela a esta da sociedade detentora da Grupo Media Capital SGPS (Vértix), importa destacar que o julgamento se iniciou e concluiu no passado mês de junho e que se encontra a correr prazo para diligências processuais subsequentes a realizar pelas partes".

 

Entre essas diligências está, nomeadamente, a apresentação de alegações finais, até à pronúncia da sentença, "o que se estima que possa vir a ocorrer no primeiro semestre de 2024", sublinha.

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