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L’Express com 125 postos de trabalho ameaçados

A "newsmagazine" semanal L’Express, detida pela Altice, pode ter 125 postos de trabalho ameaçados, segundo a imprensa francesa. O grupo de Patrick Drahi tinha previsto apresentar um plano na segunda-feira. Porém, a apresentação foi adiada para sexta-feira, depois de a equipa da revista francesa ter ameaçado boicotar o fecho da publicação.

Bloomberg
29 de Setembro de 2015 às 16:53
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Depois da saída voluntária de 115 trabalhadores do grupo de media L’Express no Verão, após a "newsmagazine" semanal ter sido adquirida pela Altice, esta publicação francesa pode ter mais 125 postos ameaçados, segundo a imprensa do país.

De acordo com o Libération, jornal que também integra o portfólio do grupo que comprou a PT Portugal, os sindicatos que representam os trabalhadores do grupo de media reuniram-se na segunda-feira, 28 de Setembro, com a administração da Altice Media – empresa do grupo francês que agrega os activos deste sector - para tentar encontrar uma solução.

Estava previsto a Altice apresentar esta segunda-feira um Plano de Salvaguarda de Emprego (PSE) devido à complicada situação financeira do grupo L'Express. No entanto, segundo o Le Monde, a apresentação e discussão deste plano terão sido adiados para a próxima sexta-feira por causa das ameaças da equipa da L’Express em bloquear a edição desta semana.

De acordo com uma nota interna do grupo, depois da Altice finalizar a aquisição do grupo L’Express, a Altice realizou um "inventário exaustivo". "Na sequência desta auditoria, verificou-se que a situação operacional e financeira do grupo é muito pior do que o que havia descrito o antigo accionista no início de 2015", lê-se no documento.

 

Segundo a mesma nota, o défice acumulado do L’Express, entre 2006 e 2014, supera os 86 milhões de euros.

 

Apesar da situação financeira do grupo, os trabalhadores do L’Express estão contra o plano que a Altice quer implementar. Defendem um plano "mais inteligente e menos doloroso", explicou o director da publicação ao Libération.

Segundo a mesma fonte, a ideia inicial do plano da Altice era cortar nos serviços de apoio, como por exemplo de gestão e distribuição. No total, estavam implicadas 72 pessoas. Porém, terá sido alargado a outras áreas. Além disso, a redacção da revista iria passar de 111 jornalistas para 66.

"Em estado de choque, cerca de 150 funcionários do grupo estiverem reunidos durante duas horas no período da tarde de segunda-feira", conta o Le Monde. Segundo o mesmo jornal, os sindicatos já garantiram que vão continuar as negociações com a administração do grupo Altice Media e têm esperança de conseguir reunir com o ministro da Cultura, Fleur Pellerin, na quinta-feira.

(Notícia actualizada às 18h com mais informação)

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