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Impresa regista perdas de 2,8 milhões de euros no primeiro trimestre

A Impresa teve perdas de 2,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2015, devido à queda das receitas das chamadas de valor acrescentado, que representaram 95% da redução global das receitas da dona da SIC.

04 de Maio de 2015 às 16:48
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Nos três primeiros meses do ano a Impresa registou perdas de 2,8 milhões de euros, um valor que compara com o resultado líquido positivo de 1,2 milhões de euros alcançado no mesmo período de 2014.

 

As contas da dona da SIC e do Expresso foram "fortemente marcadas pela redução das receitas de concursos com participação telefónica", explica a empresa em comunicado enviado esta segunda-feira, 4 de Maio, ao supervisor do mercado (CMVM).

 

Só os proveitos das chamadas de valor acrescentado representaram "95% da redução global das receitas". "Para este facto contribuiu um valor comparativo muito elevado em 2014 (com o recorde desta linha de receitas a ser batido precisamente no primeiro trimestre do ano passado)", explica o mesmo documento.

 

"Foi um primeiro trimestre muito difícil, como já prevíamos. A principal razão para este resultado líquido negativo foi a redução das receitas dos IVR [chamadas de valor acrescentado], motivada não só pelo acordo de autorregulação entre as três televisões generalistas, mas também pelo barramento das chamadas dos concursos com participação telefónica", detalhaPedro Norton (na foto), CEO do Grupo.

 

No total, as receitas caíram 10,4% para 50 milhões de euros. Além das chamadas dos concursos televisivos, a descida de 2% das receitas publicitárias e a queda de 1,1% das vendas de publicações também contribuíram para a tendência descendente dos resultados do grupo de Pinto Balsemão.

 

Apesar da redução de 2,3% para 49 milhões de euros dos custos operacionais, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) recuou 82,5% para perto de um milhão de euros.

 

De acordo com o mesmo documento, a Impresa reduziu a sua dívida bancária líquida em cerca de 3,6 milhões de euros. Em Março de 2015 a dívida bancária de médio e longo prazo representava cerca de 71% do total da dívida.

 

Nos três primeiros meses do ano os resultados financeiros foram negativos em 3,4 milhões de euros, o que representa uma variação desfavorável de 32,5%, explicada pela empresa "pelas perdas cambiais registadas", nomeadamente pela forte valorização do dólar.

 

Apesar das perdas e da queda das receitas, pedro Norton sublinha que " estamos confiantes que terminaremos o ano de 2015 a consolidar os nossos resultados e, tal como nestes anos recentes, a apresentar lucros".

 

Receitas de subscrição de canais aumentam 12,4%

 

Tendo em conta só a SIC, as receitas totais do segmento televisivo alcançaram os 37,9 milhões de euros, o que representou uma queda de 11,3% associada à diminuição dos proveitos das chamadas de valor acrescentado.

 

As receitas publicitárias do canal também desceram 2,4% para 19,3 milhões de euros, representando 51% do total dos proveitos da SIC.

 

O canal da Impresa terminou o primeiro trimestre com "uma média de 19,2% de share e manteve a liderança no target comercial, no universo dos canais generalistas, com 20,1% de share", segundo o relatório da empresa.

 

Somando todos os canais SIC, generalista e temáticos, a quota de mercado foi de 22,4%.

 

Já as receitas de subscrição geradas pelos oito canais da SIC, registaram uma tendência ascendente: cresceram 12,4% para 12,7 milhões de euros. "Este crescimento registou-se em ambos os mercados, nacional e estrangeiro, mas com maior enfase nos mercados internacionais, através do aumento dos subscritores", detalha a Impresa.

 

No segmento do publishing, onde a Impresa detém títulos como o Expresso, Visão, Caras ou Blitz, as receitas totais desceram 7,4% para 11,8 milhões face ao primeiro trimestre de 2014.

 

"Para esta descida contribuiu a rubrica outras receitas (-54,6%), nomeadamente as relacionadas com a venda de produtos associados a costumer publishing, pois tanto as receitas de publicidade como as de circulação atingiram, no primeiro trimestre de 2015, valores semelhantes aos obtidos no trimestre homólogo". 

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