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Cofina diz que negociações para comprar TVI continuam

A Cofina esclareceu, em comunicado à CMVM, que as negociações com a Prisa para a potencial compra da Media Capital prosseguem.

Correio da Manhã
Negócios 14 de Setembro de 2019 às 11:10
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Depois de ontem ter sido avançado pelo Expresso, e posteriormente por outros órgãos de comunicação social, que o negócio da compra da TVI estava fechado e que deveria ser anunciado pela Cofina já na próxima quarta-feira, 18 de Setembro, a empresa liderada por Paulo Fernandes veio esclarecer, a pedido da CMVM, que as negociações prosseguem.

 

"Na sequência dos comunicados divulgados nos dias 14 e 16 de agosto de 2019 e das notícias veiculadas na presente data em alguns órgãos de comunicação social, a Cofina, em resposta a uma solicitação dirigida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, informa que continuam a decorrer negociações com a Promotora de Informaciones (Prisa), sem que exista qualquer acordo, relativas à potencial aquisição da participação da Prisa na Grupo Media Capital, detida através da Vertix", sublinha o comunicado divulgado junto da CMVM.

 

A Cofina "prestará ao mercado os esclarecimentos adicionais que se justifiquem face a quaisquer desenvolvimentos nas negociações com a Prisa", remata o mesmo documento.

 

Ontem, o Expresso dava conta de que o negócio estava fechado, adiantando que o empresário Mário Ferreira e o banco espanhol Abanca também participavam na operação.

 

Segundo o semanário, a Cofina iria pagar 225 milhões de euros pela Media Capital, um valor bem inferior aos 440 milhões de euros que a Altice ofereceu para comprar a dona da TVI, numa operação que foi bloqueada pela Autoridade da Concorrência em 2017.

 

A operação seria financiada pelo Santander e pelo Société Générale, mas também por capital próprio da Cofina, que faria um aumento de capital de 80 milhões de euros – e seria através deste aumento de capital que Mário Ferreira e a Abanca participariam nesta operação, segundo a mesma fonte.

 

Paulo Fernandes, CEO da Cofina e acionista da empresa, investiria mais de 20 milhões de euros no aumento de capital, sendo que o empresário Mário Ferreira também deveria entrar com o mesmo montante. Os acionistas da Cofina também deveriam participar no aumento de capital, mas numa proporção inferior, pelo que veriam as suas posições diluídas. Já Paulo Fernandes, que atuamente detém 13,8%, reforçaria a posição e em conjunto com o Abanca e Mário Ferreira ficaria com mais de 50% do capital da Cofina, referia o Expresso.

 

O Abanca, que tem reforçado a presença no setor financeiro em Portugal, já controla cerca de 5% da Media Capital, os restantes 95% estão nas mãos da Prisa, que caso o negócio se concretize passa para as mãos da Cofina.

 

Contactado pelo Negócios, o Abanca não comentou a notícia do Expresso.

 

A Cofina, a 14 de agosto, confirmou estar em conversações com a espanhola Prisa para a compra da TVI. A cotada liderada por Paulo Fernandes revelou ainda que se houver sucesso nas negociações com a Prisa, então avançará com a divulgação de um anúncio preliminar de oferta pública de aquisição OPA sobre as ações remanescentes da Media Capital, admitindo também a designação de um auditor externo para acompanhar o processo.  

 

O comunicado da empresa liderada por Paulo Fernandes, que foi emitido em resposta a uma solicitação do regulador, confirmou uma noticia também do Expresso que dava conta de que a Cofina tinha assinado um memorando de entendimento com a Prisa para garantir negociações exclusivas para a compra da Media Capital, empresa que controla a TVI.

 

A Cofina é dona do Jornal de Negócios, Correio da Manhã, Record, CMTV, Sábado e outros meios. A Media Capital controla a TVI e a Rádio Comercial.

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