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Swatch fecha pior semestre em sete anos
Quebras na procura em mercados como Hong Kong, França e Suíça estiveram na base do comportamento do fabricante de relógios até Junho. Grupo acredita num segundo semestre de recuperação, mas analistas estão pessimistas.
O fabricante suíço de relógios Swatch anunciou esta quinta-feira, 21 de Julho, que encerrou o primeiro semestre do ano com os lucros mais fracos dos últimos sete anos, ao ver o resultado líquido operacional afundar 54% para os 353 milhões de francos suíços, ou 324,5 milhões de euros.
A empresa, que além da Swatch detém também a produção dos relógios Omega, Breguet e Tissot, dá conta de quebras na procura em Hong Kong, na França e na própria Suíça, que já na semana passada tinham levado a companhia a emitir uma antecipação de resultados que resultou numa forte queda das suas acções. Na altura, estimava-se que este pudesse ser o pior resultado semestral em 15 anos, o que não se concretizou.
Apesar de manter uma previsão de queda de vendas na ordem dos 6% para o total do ano, a empresa espera que a recuperação acelere na segunda metade de 2016, levando os resultados para valores próximos ou semelhantes aos do ano passado, à medida que a actividade turística – a que está ligada boa parte da sua performance – retoma em Itália, Espanha ou Reino Unido (para onde se tornou mais barato viajar com a depreciação da libra no pós-Brexit).
À Bloomberg, o analista Patrik Schwendimann, da suíça Zuercher Kantonalbank, diz que será "preciso um grande milagre" para que os resultados atinjam esse patamar, depois da queda das vendas em 11% até Junho e de um recuo na mesma magnitude na actividade exportadora de relógios a partir da Suíça.
Já em Hong Kong, o maior mercado do mundo para relógios de luxo, o fabricante acredita que apesar de nova queda registada nas vendas, as transacções no retalho já tenham atingido o ponto mais baixo e devam agora começar a recuperar.
As acções da Swatch apreciam 4,07% para os 271,2 francos suíços.