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Sonae Indústria melhorou margens mas agravou prejuízos em 2014

Empresa de aglomerados de madeira aumentou o EBITDA recorrente em 10% face a 2013. Mas a reorganização de actividades levou a que os prejuízos piorassem para 116 milhões de euros.

13.º- Belmiro de Azevedo
Ascensão de Paulo acompanha a descida de Belmiro, que entrega cada vez mais a influência ao filho.
26 de Fevereiro de 2015 às 23:02
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A Sonae Indústria (SI) conseguiu melhorar o resultado operacional  recorrente em 2014, atingindo os 96 milhões de euros, mais 10% do que em 2013, com a margem EBITDA a fixar-se nos 9,4%, um aumento de 1,2 pontos percentuais, "o melhor resultado desde o ano de 2007", salientou a empresa.

 

No entanto, a reestruturação e reavaliação de activos que a SI levou a cabo no final do ano passado prejudicou os resultados líquidos. Em comunicado à CMVM, a empresa liderada por Rui Correia reconheceu que "apesar da significativa melhoria operacional, a reavaliação e reclassificação de activos realizada no final de 2014, no âmbito da estratégia de reorganização das actividades, conduziu a um resultado líquido de 116 milhões de euros negativos, face a 78 milhões de euros negativos  no ano anterior".

 

O volume de negócios decresceu ligeiramente, passando de 1.051 milhões para 1.015 milhões de euros, prejudicado, sobretudo, pela redução de procura na Alemanha.

 

O investimento da empresa duplicou no ano passado, "atingindo os 43 milhões de euros, em comparação com 22 milhões de no ano anterior". A maioria destes investimentos foram para Oliveira do Hospital e Nettgau na Alemanha, na substituição de linhas de montagem e aumento da capacidade.

 

A empresa salientou ainda que "em 2014, o índice médio de utilização de capacidade das unidades industriais da Sonae Indústria continuou a melhorar, alcançando cerca de 75%, uma subida de 2 pontos percentuais face a 2013". A sociedade referiu que isto deveu-se a uma "melhoria do desempenho no segmento de aglomerados, alcançada através da concentração da produção nas unidades mais eficientes, reflectindo a estratégia do grupo em ajustar a capacidade de produção aos níveis de procura do mercado".

 

Os custos fixos desceram em 3%, ou sete milhões de euros, "No final de 2014, os custos fixos da Sonae Indústria (excluindo a contribuição das operações descontinuadas e custos de reestruturação) representavam cerca de 19% do volume de negócios consolidado (face a 20% no ano anterior)", disse a empresa.

 

Aumento de capital trouxe "benefícios"

 

O CEO da SI, Rui Correia, adiantou, citado no mesmo comunicado, que o aumento de capital que a empresa de aglomerados de madeira levou a cabo no ano passado foi positivo.

 

"No segundo semestre do ano, procedemos a um aumento de capital que gerou 112 milhões de euros e assinámos contratos de refinanciamento de aproximadamente 320 milhões de euros de dívida. Este processo trouxe benefícios importantes ao perfil da nossa dívida, com prazos de pagamento alargados e um menor custo", garantiu o responsável. 

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