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Ramirez fatura 30 milhões com impulso do atum e triplica energia solar

A Ramirez registou cerca de 30 milhões de euros de volume de negócios em 2018, mais 9% do que no ano anterior, com o atum em óleo a representar perto de metade da faturação, e concluiu o processo de triplicação da capacidade fotovoltaica.

23 de Fevereiro de 2019 às 10:45
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"Em 2018, os valores de produção rondaram os 45 milhões de latas e o volume de faturação os 30 milhões de euros. [Na produção], estamos a crescer à volta dos 7,5% e na faturação 9%", disse à Lusa o adjunto da administração da empresa de conservas Ramirez, Luis Avides Moreira.

 

De acordo com o responsável da Ramirez, no mercado interno, os produtos com maior saída são os atuns, com o atum em óleo a representar cerca de metade do volume de negócios.

 

Por sua vez, a exportações representam 55% da faturação, o equivalente a uma subida de 12% em comparação com 2017.

 

A liderar a procura externa ficam a sardinha, a cavala e a petinga, sendo a Bélgica o principal mercado da conserveira, onde detém 32% da quota nas sardinhas e cavalas.

 

A empresa formada em 1853 em Vila Real de Santo António, distrito de Faro, exporta ainda para mercados como Canadá, Brasil, Estados Unidos, Itália, Alemanha, França e Reino unido, país onde não prevê um grande impacto após o 'Brexit'.

 

"Não estamos com muito receio, acho que os negócios se vão manter. As vendas para o Reino Unido não são muito representativas, não temos um grande risco", afirmou.

 

A Ramirez vai também entrar na Colômbia e no Chile, passando a abastecer uma "grande rede de supermercados".

 

Apesar de não revelar os valores exportados, Luis Avides Moreira indicou que a venda vai decorrer no prazo máximo de 60 dias.

 

"Estamos a falar, numa primeira encomenda, em dois ou três contentores. São valores interessantes para nós. É um começo e penso que, mais tarde, correrá melhor", sublinhou. 

 

A estratégia da empresa passa pelo posicionamento num "patamar de cima", apostando na qualidade e diferenciação dos produtos.

 

"Não podemos competir com países como a Tailândia na produção de atum. Competir com Marrocos também é difícil. Nós temos uma gama muito extensa. Penso que somos a única conserveira no mundo com tantas referências. Só com a marca Ramirez temos 55 referências", acrescentou. 

 

Como complemento aos tradicionais canais de distribuição, a empresa lançou, recentemente, uma loja 'online', estando, numa primeira fase, apenas disponível na Europa.

 

"Há uma série de clientela 'online', a chamada geração 'millenium', que usa e abusa das compras [via internet]. Esta loja permite trabalhar esta gama e ter um acesso rápido e fácil a todo o mercado europeu", explicou.  

 

Para 2019, a empresa prevê um crescimento na faturação entre os 7,5% e os 10%, tendo ainda em vista o lançamento de uma gama de produtos biológicos.

 

"O que fazemos, fazemos bem e essa é a única via para manter a unidade produtiva aqui em Portugal e para a empresa durar mais 100 ou 200 anos, estando prestes a entrar [na conserveira] a sexta geração da família", concluiu.

 

Triplica capacidade fotovoltaica com 300 mil euros de investimento

 

A Ramirez concluiu, entretanto, o processo de triplicação da capacidade fotovoltaica, um investimento na ordem dos 300 mil euros, com 30% da necessidade energética da fábrica a ser assegurada pela energia solar, foi anunciado.

 

"Acabámos um projeto grande, a instalação de painéis fotovoltaicos em grande parte do nosso terraço [...]. Já tínhamos uma pequena parte na altura em que a fábrica foi feita, mas resolvemos quase triplicar a área que tínhamos", disse Luis Avides Moreira.

 

Segundo o responsável, os painéis fotovoltaicos ocupam uma área de cerca de 5.800 metros quadrados, sendo que 30% da necessidade energética da fábrica já vem da energia solar.

 

"Somos uma fábrica eficiente, verde. Temos 120 tubos solares, ou seja, durante o verão e grande parte do inverno não temos necessidade de ligar a luz elétrica. Os tubos captam a luz do sol e projetam-na para dentro da fábrica", acrescentou. 

 

A Ramirez registou cerca de 30 milhões de euros de volume de negócios em 2018, mais 9% do que no mesmo período do ano anterior, com o atum em óleo a representar perto de metade da faturação.

 

Por sua vez, a exportações representaram 55% da faturação, o equivalente a uma subida de 12% em comparação com 2017.

 

A liderar a procura externa ficaram a sardinha, a cavala e a petinga, sendo a Bélgica o principal mercado da conserveira, onde detém 32% da quota nas sardinhas e cavalas.

 

A empresa formada em 1853 em Vila Real de Santo António, distrito de Faro, exporta ainda para mercados como Canadá, Brasil, Estados Unidos, Itália, Alemanha, França e Reino Unido.

 

Para 2019, a empresa prevê um crescimento na faturação entre os 7,5% e os 10%, tendo ainda em vista o lançamento de uma gama de produtos biológicos.

 

Atualmente, a empresa conta com cerca de 220 colaboradores. 

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