Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Preços na produção industrial em março têm desaceleração mais expressiva em 15 anos

Os preços na produção industrial abrandaram para os 0,2%, com o recuo dos preços da energia a ser o maior contribuinte desta desaceleração.

As exportações de componentes para a indústria automóvel somam já 10 meses consecutivos de crescimento.
João Cortesão
  • ...

O índice de preços na produção industrial desacelerou 8,7 pontos percentuais em março - o abrandamento mais expressivo desde março de 2008, para 0,2% em termos homólogos, igualmente o mais baixo dos últimos dois anos. A contribuir para esta desaceleração esteve sobretudo o recuo dos preços da energia, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

"Excluindo este agrupamento, os preços na produção industrial apresentaram uma variação de 8,1% (10,6% no mês anterior)", realça o instituto de estatística.

Este foi o nono mês consecutivo com tendência de abrandamento dos preços na indústria. Já a variação mensal do índice foi de -2,2%, face aos 6,3% em março de 2022.

O agrupamento dos preços da energia foi "decisivo" para a desaceleração do índice total, ao passar de um aumento de 3,3% em fevereiro para uma diminuição de 21,2% em março.

"Note-se ainda que o perfil de forte redução de preços na energia foi semelhante nas suas duas componentes: eletricidade e produtos petrolíferos. Sem este agrupamento, a variação do índice agregado foi de 8,1% (10,6% em fevereiro)", destaca o INE.

Já o índice da secção das indústrias transformadoras apresentou uma variação homóloga de 7,1% (12,4% no mês precedente), contribuindo com 6 p.p. para a variação do índice total (10,8 p.p. em fevereiro). "A secção de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio contribuiu com -4,5 p.p., em resultado da redução de 36, o índice diminuiu 45,2%, originando um contributo de -5,8 p.p. para a variação do total (-18,3% e -2 p.p. no mês anterior)", refere ainda o INE.

No primeiro trimestre de 2022, a variação média do índice fixou-se em 6,3%, depois de no trimestre anterior se ter fixado nos 13,6%. "Esta evolução foi fortemente influenciada pela desaceleração do agrupamento de energia, que passou de uma taxa de variação de 13,3% no quarto trimestre de 2022 para -5,9% no trimestre em análise (contributos de 3,1 p.p. e -1,4 p.p., respetivamente)", conclui o instituto de estatística.

Ver comentários
Saber mais Instituto Nacional de Estatística INE indústria transformadora indústria metalomecânica e engenharia indústria e produtos químicos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio